Campanha eleitoral aumenta demanda por vôo executivo
A Ocean Air Táxi Aéreo acredita que a média de 150 horas de vôos mensais podem chegar a 170 horas entre os meses de agosto e outubro, por conta das campanhas eleitorais. A empresa está no mercado desde 2003.
"Anos de eleição são sempre períodos diferenciados para o setor", afirma José Eduardo Brandão, diretor comercial da OceanAir Táxi Aéreo. De acordo com Brandão, "não há como não recorrer à aviação executiva quando a campanha começar a esquentar" porque as linhas comerciais atendem a apenas 110 dos 5.563 municípios brasileiros.
O diretor de fretamento e gerenciamento de aeronaves da Líder Aviação, Eduardo Uchôa, disse que as viagens dos candidatos aumentam em até 15% a demanda por vôos executivos na empresa.
"Por enquanto não temos vôos de campanha, mas temos de expectativa de aumento de agosto a outubro. A aviação executiva facilita a logística de uma campanha, principalmente neste ano, com a disputa para governador e presidente."
A Líder tem 15 aeronaves e opera, em média, 600 horas de vôos por mês, em todo o país. A empresa está no mercado há 48 anos. "Para todo o ano de 2006, a expectativa também é boa e esperamos aquecimento no segundo semestre", disse Uchôa.
O Sneta (Sindicato Nacional das Empresas de Táxi Aéreo) confirma a previsão das empresas de um aumento de até 15% no número de vôos em jatos executivos em 2006.
O superintendente do Sneta, Fernando Alberto Santos, disse que muitos empresários, sobretudo da construção civil, também utilizam o táxi aéreo para acompanhar a inauguração de obras durante o período de campanha eleitoral. "Historicamente, é um período em que o mercado de aviação executiva sempre fica aquecido", afirma Santos.
Para o vice-presidente executivo da Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral), Adalberto Febeliano, um dos fatores que favorece o setor é a economia de tempo que um candidato tem com a aviação executiva em relação a uma linha comercial.
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