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Politica Brasil
Sábado - 24 de Junho de 2006 às 09:53

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As viagens dos candidatos atrás de votos em todos os cantos possíveis devem aumentar em até 15% os vôos executivos realizados pelas empresas do setor. O fretamento de táxis aéreos é uma das opções para as campanhas eleitorais e as aeronaves são escolhidas de acordo com o trecho e o número de passageiros.

A Ocean Air Táxi Aéreo acredita que a média de 150 horas de vôos mensais podem chegar a 170 horas entre os meses de agosto e outubro, por conta das campanhas eleitorais. A empresa está no mercado desde 2003.

"Anos de eleição são sempre períodos diferenciados para o setor", afirma José Eduardo Brandão, diretor comercial da OceanAir Táxi Aéreo. De acordo com Brandão, "não há como não recorrer à aviação executiva quando a campanha começar a esquentar" porque as linhas comerciais atendem a apenas 110 dos 5.563 municípios brasileiros.

O diretor de fretamento e gerenciamento de aeronaves da Líder Aviação, Eduardo Uchôa, disse que as viagens dos candidatos aumentam em até 15% a demanda por vôos executivos na empresa.

"Por enquanto não temos vôos de campanha, mas temos de expectativa de aumento de agosto a outubro. A aviação executiva facilita a logística de uma campanha, principalmente neste ano, com a disputa para governador e presidente."

A Líder tem 15 aeronaves e opera, em média, 600 horas de vôos por mês, em todo o país. A empresa está no mercado há 48 anos. "Para todo o ano de 2006, a expectativa também é boa e esperamos aquecimento no segundo semestre", disse Uchôa.

O Sneta (Sindicato Nacional das Empresas de Táxi Aéreo) confirma a previsão das empresas de um aumento de até 15% no número de vôos em jatos executivos em 2006.

O superintendente do Sneta, Fernando Alberto Santos, disse que muitos empresários, sobretudo da construção civil, também utilizam o táxi aéreo para acompanhar a inauguração de obras durante o período de campanha eleitoral. "Historicamente, é um período em que o mercado de aviação executiva sempre fica aquecido", afirma Santos.

Para o vice-presidente executivo da Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral), Adalberto Febeliano, um dos fatores que favorece o setor é a economia de tempo que um candidato tem com a aviação executiva em relação a uma linha comercial.





Fonte: Folha Online

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