Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Sábado - 24 de Junho de 2006 às 09:39

    Imprimir


A convenção nacional do PT homologará hoje a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, repetindo a chapa de 2002 com José Alencar (PRB), e contará com discurso dos aliados PCdoB e PSB, mesmo que esses partidos não declarem apoio formal à coligação. O evento ocorre no Minas Tênis Clube, em Brasília.

Em reunião do Diretório Nacional do PT ontem, a chapa Lula-Alencar foi aprovada por 59 membros, com apenas uma abstenção. A resolução mais importante do Diretório, segundo dirigentes petistas, foi a definição de que o partido fará mais esforço para transferir a popularidade do presidente aos candidatos das legendas aliadas, mesmo aquelas que tendem a apoiar a candidatura nacional do PT apenas em caráter informal, caso do PSB.

"Temos que fazer mobilização para garantir não só que o presidente seja eleito, mas também para que tenhamos uma base parlamentar que permita não cometer os erros do passado", afirmou a Agência Reuters, ao sair da reunião Marco Aurélio Garcia, membro do diretório e assessor da Presidência para assuntos internacionais.

A convenção de hoje será breve, garantem os organizadores da festa. Não será uma comemoração propícia à confrontação dura de idéias, avaliam petistas, já que o formato levará ao palanque apenas Lula, José Alencar, os presidentes do PCdoB, Renato Rabelo, e do PSB, deputado Eduardo Campos (PE), além do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini.

São esperadas cerca de 4 mil pessoas no evento. À noite, o PT arrecada recursos para a campanha numa festa dançante, em Brasília, o Forrozão do PT. O objetivo é arrecadar R$ 100 mil. Lula ainda não confirmou presença nesta festa. A convenção custará R$ 620 mil.

Mensaleiros Parlamentares, ex-ministros e ex-dirigentes petistas envolvidos no escândalo do mensalão foram convidados, mas nem todos confirmaram presença. O ex-ministro José Dirceu disse nesta quinta-feira que ainda dependia de uma reunião que teria fora de Brasília. Antônio Palocci, que não participa de atos públicos desde que deixou o Ministério da Fazenda no fim de março, ficou de confirmar presença. O ex-presidente do PT José Genuíno afirmou que não participará da reunião.

Candidatos à reeleição, os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Professor Luizinho (PT-SP) e João Magno (PT-MG), além de Paulo Rocha, que renunciou ao cargo para escapar da cassação, estarão no evento. O deputado Josias Gomes (PT-BA) não vai por conta do Dia de São João: "Não tem como eu ir. No Nordeste, festa de São João é como o Natal".

Campanha O tom do evento será dado pela comparação da gestão petista com os oito anos do governo do PSDB, com a indicação de que o país tem hoje uma economia estruturada, com espaço para um crescimento maior num eventual próximo mandato. "Nós temos o que apresentar à sociedade brasileira, não temos que entrar no clima da baixaria", acrescentou Marco Aurélio.

A coordenação da campanha ainda não foi definida, nem o tesoureiro que cuidará das finanças nacionais, o que só ocorrerá na próxima semana, afirmou Ricardo Berzoini.

A conhecida divergência interna do PT sobre a condução da política econômica só deve ser mencionada em caráter genérico para não gerar polêmica na festa de Lula.

A única abstenção na aprovação da chapa nacional foi a do petista Markus Sokol, da corrente trotskista da legenda O Trabalho. "Fiz isso pelas mesmas razões da eleição passada, quando discordávamos de uma aliança com Alencar", disse Sokol, que é contrário também às alianças com PTB, PL e PP. Ele defende coligações baseadas em propostas programáticas e ideológicas.

Aliados do PMDB receberam convites especiais para comparecer à festa. PL, PP e PTB, aliados da eleição de 2002 e envolvidos no escândalo do mensalão, também foram convidados. "Temos apreço com todos os aliados", afirmou Berzoini.





Fonte: Terra

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/292933/visualizar/