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Politica Brasil
Sexta - 23 de Junho de 2006 às 11:35
Por: Sandra Carvalho

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A região do Araguaia vive um quadro de abandono que se arrasta por 20 anos. Este quadro foi revelado pelo ex-deputado federal Bento Porto durante palestra apresentada aos participantes do II Encontro Regional de Vereadores e Assessores do Vale do Araguaia, que está sendo realizado na Câmara Municipal de Canarana.

Durante a palestra, Bento Porto, que também foi secretário estadual de Planejamento e diretor da Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso (Codemat), começou sua explanação com um histórico do crescimento econômico do Brasil a partir do governo Juscelino Kubitschek até os dias atuais.

Os números mostram que naquela época a taxa de crescimento foi de 7,4% e praticamente não havia desemprego enquanto hoje esse índice fica na faixa de 2 %, tendo como conseqüência o maior nível de desemprego do país.

"Existem cerca de 12 milhões de pessoas desempregadas, afetando todas as regiões do Brasil, inclusive a região do Araguaia que tem hoje em torno de 15 mil desempregados", informou o ex-deputado.

E para atestar os 20 anos de abandono da região, Bento Porto cita a BR-158 que foi construída com a sua participação e do deputado Ladislau Cristino Cortes em 1986 e, de lá para cá, não se construiu nem 20 quilômetros a mais. "É um absurdo vez que esta rodovia é a espinha dorsal desta região", avaliou o ex-deputado. Um outro ponto destacado pelo palestrante foi o baixo nível de industrialização da área que tem apenas uma usina de álcool e, no entanto, já é uma das maiores produtoras de soja e gado do estado.

Rica em beleza natural, a região do Araguaia não possui um produto turístico definido. Falta infra-estrutura turística e a cadeia de alimentação, hospedagem, transporte e comunicação são precárias, quadro que também se verifica em outras regiões do estado.

"A maioria das cidades da região do Araguaia estão praticamente abandonadas em sua infra-estrutura urbana", ressaltou Bento Porto, referindo-se a falta de pavimentação, habitação, saneamento, coleta e destino do lixo, além do setor social, principalmente saúde e educação. As taxas de mortalidade infantil e analfabetismo estão bem acima da média do estado.

O ex-deputado garantiu que diante do potencial da região ela pode se transformar, dependendo da mobilização política que deverá acontecer a partir deste ano e das diretrizes do governo a partir de 2007, num dos principais pólos de desenvolvimento do estado.





Fonte: SC Comunicação

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