Maggi diz que deve apoiar Lula
O acordo prevê o repasse de R$ 380 milhões a Mato Grosso ao longo dos próximos quatro anos. Na área política, Maggi pretende também contar com apoio do PT na disputa pela reeleição, apesar disso ser pouco provável por causa da insistência da senadora Serys Marly em pleitear o governo.
O acordo foi discutido com Lula no último dia 12. Durante duas horas de conversa, apenas 20 minutos foram dedicados a discussões técnicas, como a reivindicação do ressarcimento pela divisão do Estado e de convênios com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o INSS.
Outra reivindicação de Maggi é de que a União discuta a transferência de US$ 75 milhões como garantia do repasse feito para pagamento da dívida externa. O repasse de Mato Grosso é um dos maiores do Brasil, menor somente que os do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Por causa do acordo com Lula, que já informou ao deputado federal Carlos Abicalil sobre a articulação, aumenta cada vez mais a possibilidade do presidente contar com dois palanques no Estado. "Há realmente essa possibilidade de apoiar o presidente independente do PT de Mato Grosso, até porque não é com o partido que estou conversando", afirmou Maggi.
O apoio do governador visa manter o bom relacionamento do Estado com a União num segundo mandato petista. Segundo Maggi, Mato Grosso precisa muito dos repasses, principalmente por causa da pouca representatividade do PPS no Congresso Nacional.
Durante o governo Lula, os repasses federais ao Estado praticamente dobraram em relação à administração Fernando Henrique (PSDB). Em 2002, as transferências correntes somaram R$ 730 milhões. No ano passado, foram de R$ 1,48 bilhão.
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