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Internacional
Quarta - 21 de Junho de 2006 às 17:05

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Um ataque aéreo israelense matou nesta quarta-feira duas pessoas e feriu outras 13 quando um míssil que visava extremistas palestinos errou o alvo e atingiu uma casa em Khan Younis, no sul da faixa de Gaza, na segunda ação com vítimas civis em dois dias, informaram testemunhas e fontes médicas.

A ação militar aconteceu poucas horas após o enterro de duas crianças e um adolescente mortos por disparos israelenses nesta terça-feira em Gaza, o que provocou revolta entre a população palestina.

Extremistas prometeram vingança, enquanto os israelenses questionam a eficiência de ataques aéreos [que em oito dias matou 14 civis palestinos] contra membros de grupos radicais que têm causado muitas vítimas entre civis inocentes.

Na ofensiva desta quarta-feira, uma aeronave de Israel tinha como objetivo atingir extremistas, mas acabou atingindo uma casa, matando uma mulher e um homem e ferindo ao menos 13 pessoas, incluindo cinco crianças, de acordo com informações médicas.

A mulher que perdeu a vida na explosão era Fatma Abdel Khader, 35, e o homem, que visitava a região, procedente da Arábia Saudita, foi identificado como Zakaria Ahmed, 45.

Uma testemunha afirmou que um carro, que transportava extremistas palestinos, passou pela residência quando o míssil foi disparado. Os passageiros saltaram do veículo e correram para uma área nas imediações.

Uma alta autoridade da Força Aérea de Israel declarou à agência Associated Press, em condição de anonimato, que o míssil errou o alvo por dezenas de metros.

Resposta aos ataques

Israel informou que suas ações militares tem como objetivo atingir extremistas palestinos envolvidos em ataques diários com foguetes de fabricação artesanal a partir de Gaza contra cidades israelenses.

O alto índice de mortes entre civis está ampliando o debate, entre israelenses, sobre este tipo de ofensiva, já que a perda de vidas inocentes apenas tem servido para aumentar a indignação da população.

Grupos armados palestinos prometeram promover mais ataques com foguetes caseiros contra Israel, cujo principal alvo tem sido Sderot, perto da fronteira da faixa de Gaza.

Durante as últimas semanas, o Exército israelense levou a cabo uma série de ataques aéreos contra a faixa de Gaza, que resultaram em dezenas de palestinos mortos, a maioria deles civis.

Ontem, um ataque aéreo contra supostos terroristas palestinos no norte de Gaza matou duas crianças, um adolescente e deixou outras 14 pessoas feridas, das quais sete seriam crianças. Os mortos eram dois irmãos, de cinco e sete anos, e um adolescente de 14.

Há cerca de uma semana, uma ofensiva de Israel matou 11 palestinos, dos quais apenas dois eram terroristas. A ação causou repúdio da comunidade internacional, que pediu que palestinos e israelenses tentem pôr fim à violência e tentem chegar a acordos de forma diplomática.

No início do mês, oito palestinos que estavam em uma praia foram mortos em uma explosão apontada por palestinos como produto de artilharia de Israel. O governo israelense negou que tenha envolvimento neste ataque.

Cisjordânia

Nesta quarta-feira, uma operação do Exército israelense matou um palestino membro das Brigadas dos Mártires Al Aqsa em Nablus (Cisjordânia). Em resposta, a milícia declarou guerra a Israel em todas as frentes.

Segundo o Exército israelense, Dawoud Kantoni, 20, planejou um atentado em que um suicida disfarçado de judeu ortodoxo entrou no carro de uma família de colonos e matou seus ocupantes.

Forças de segurança palestinas mataram dois palestinos do movimento nacionalista Fatah --do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas-- que não pararam seu veículo em um posto de controle na cidade cisjordaniana de Jenin, informaram testemunhas palestinas.

Segundo as fontes, Amran as Sueitat e Amre al Faid, ambos de 25 anos, estavam em um carro quando membros das forças palestinas de segurança nacional dispararam contra eles. Os agentes dispararam contra o veículo quando o motorista não parou no posto de controle.

Após o incidente, houve troca de tiros entre membros das forças de segurança e jovens armados do campo de refugiados de Jenin, onde os dois palestinos mortos viviam.





Fonte: Folha Online

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