Agricultores investem na caprinocultura em Nossa Senhora do Livramento
As cabras atendem as comunidades rurais de São Manoel do Pari, Buriti do Atalho, Estrela do Oriente, Campo Alegre, Quilombo e Francisco José do Nascimento de Livramento. Os caprinos foram adquiridos pela Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs).
O projeto, denominado ‘vaca democrática’, foi implantado pela Setecs, Instituto de Terras de Mato (Intermat), e o Sindicato de Trabalhadores Rurais de Nossa Senhora do Livramento. O investimento na melhoria da alimentação e renda das famílias foi de R$ 30 mil.
A família da agricultora Helena de Oliveira (57) é uma das beneficiadas. A agricultora mora há 32 anos na comunidade São Manoel do Pari, distante 50 quilômetros da sede do município. Em uma pequena propriedade, Helena cuida de cinco caprinos. Helena afirma que as cabras são animais mansos, dóceis, que exigem poucos cuidados. "O leite a gente toma, é muito gostoso", afirma a agricultora.
A presidente do Sindicato de Trabalhadores de Nossa Senhora do Livramento, Miguelina de Oliveira Campos, acredita que as cabras podem aumentar a renda familiar dos pequenos agricultores, que hoje sobrevivem da plantação de mandioca, banana, cana-de-açúcar e comercialização de doces artesanais.
Qualidade dos animais
Cada família ganhou quatro cabras da raça Sami Zebú, de um total de 115 caprinos, adquiridos da região de Alto Paraguai. Três bodes são remanejados pelos agricultores durante o período de reprodução. Além do leite, as famílias podem aproveitar outros produtos como carne e couro, no sustento da casa. A cabra é um animal resistente, se contenta com pouca água e pasto, tem baixo custo e o retorno é rápido.Os caprinos suportam temperaturas altas, ambientes secos, e se adaptam aos períodos de estiagem melhor do que outros animais, como o gado, por exemplo. Os caprinos são criados na maior parte do tempo, soltos na propriedade. Comem ração de milho misturado com mandioca, capim e outros alimentos que encontram. O único problema, segundo os produtores, é que os animais estão crescendo, ganhando peso e o capril, local onde dormem e se protegem da friagem e da chuva está ficando pequeno. Será preciso construir um maior.
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