A época romântica do futebol, com boleiros carismáticos e folclóricos está com seus dias contados. É o que garante o técnico do Santos, Vanderlei Luxe
"Acabou esse negócio de jogador querer participar apenas dos 90 minutos do jogo e achar que a função dele termina ali. Ele precisa treinar em dois períodos, concentrar e entender que tem uma responsabilidade com o clube, já que ganha muito bem. O futebol se tornou um negócio", defende Luxemburgo.
O treinador santista acredita que os modelos implantados nos anos 90, em clubes como Palmeiras e Corinthians - em que ele trabalhou e que eram geridos como empresas - são os ideais. Luxemburgo recomenda a "fórmula" para os grandes brasileiros.
"Os clubes precisam ser administrados como empresas. O treinador precisa se adequar também. Não basta ele indicar uma contratação apenas visando o índice técnico. O time precisa ganhar dentro de campo e investir para gerar lucro fora das quatro linhas. Caso contrário, não sobrevive", explica.
Apesar de estar convicto de que essa é uma das melhores saídas para o futebol brasileiro, Luxemburgo tem certeza que se trata de um processo ainda está em fase embrionária.
"Isso ainda está engatinhando por aqui, pois é difícil para o profissional mostrar para o clube que ele precisa de um plano a longo prazo".
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