Pesquisadores estudam a floresta Amâzônica
A expedição de reconhecimento é a primeira ação após a criação do parque, dia 5 de junho deste ano, e subsidiará estudo para elaboração do plano de manejo da área.
Plano de manejo é um conjunto de regras que define o uso de qualquer área protegida.
Em extensão, este parque é o terceiro maior do país. Inserido no bioma amazônico, soma 1,9 milhões de hectares, invadindo três Estados: Mato Grosso, Amazonas e Pará.
A equipe em campo manda notícias por meio de um celular via satélite.
Relatos diários sobre a Expedição Juruena-Apuí são divulgados na internet, no site da ONG ambiental WWF (
A target=_blank>www.wwf.org.br).
A WWF - uma das ONGs mais influentes no mundo, junto com a Greenpeace - é uma das parceiras nesta expedição, organizada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Instituto Centro de Vida (ICV), ONG mato-grossense.
O nome da expedição - Juruena-Apuí - se refere ao parque Juruena e ao parque Mosaico do Apuí, também recentemente criado, no Amazonas.
Até 2 de julho a vida desses ambientalistas aventureiros se resumirá a encontrar florestas intactas ou totalmente desmatadas, a se deslumbrar com pássaros raros como o gavião-real, se surpreender com animais quase nunca vistos como o boto vermelho, tomar banho em cachoeiras no rio Juruena, dormindo em barracas à luz da lua, sendo tudo registrado pelo Zig Koch, o cinegrafista Robson Maia e o jornalista alemão, Wolfgang Kuhnat.
"A beleza cênica é um dos atrativos da área, muito rica em biodiversidade", relata Laurent Micol, do ICV. Administrador e especialista em gestão ambiental, explica que o maior benefício da área ter se efetivado como parque é que, de fato, por estar em região de fronteira agrícola, corre risco de desmatamento e invasão desordenada.
Não estão sob esta ameaça tão iminente o primeiro e segundo maiores parques em extensão -Parque Nacional Montanha do Tumucumaque (AP) e Parque Nacional do Jaú (AM).
A bióloga Eliani Fachim, superintendente de Biodiversidade da Sema, explica que estudos diagnósticos vêem sendo realizados desde 2002. Segundo ela, a área que virou parque federal sobrepõe a Reserva Ecológica de Apiacás e 60% do Parque Estadual Igarapés do Juruena. O que houver de propriedade privada neste território será desapropriado e indenizado.
O fechamento da área em parque, para Eliani, servirá ainda como barreira contra movimentos conturbados de migração, como o que está ocorrendo no Sul do Pará e Noroeste de Mato Grosso.
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