Presidente diz que oposição passa por cima das regras democráticas
Em discurso de cerca de 50 minutos, Lula disse que os adversários atuam como um jogador malandro que tenta cavar a expulsão do adversário e provocar com "bobagens" e "palavrões" cartões amarelo e vermelho. "Me convenci de que não posso dar a eles o pretexto de ficar nervoso", afirmou. "Tenho convicção do jogo que estamos jogando e quero fazê-lo dentro das regras democráticas."
Lula fez menção a representantes da esquerda que, no passado, foram torturados até a morte, ao comentar os últimos ataques da oposição. "Suportar a dor física é tão duro quanto enfrentar a dor da infâmia e da leviandade", afirmou. "Depois de nos baterem durante um ano sem parar, sai uma pesquisa, eu subo e eles descem."
O presidente queixou-se das críticas feitas pela oposição às viagens para inaugurar obras. "Há uma certa inquietação no cumprimento do jogo democrático nesse país", ressaltou.
"Quando inauguro uma obra, já me processam por campanha eleitoral, porque quando eles governaram não tinha obra para inaugurar", completou. "É mais difícil apanhar do que aprender a bater", comentou o presidente petista.
No discurso, o presidente disse que não pretende falar mal de ninguém durante a campanha, pois não tem "idade" para isso. Ele afirmou aos mais de 500 jovens ligados ao PC do B e ao PSB que é preciso uma união de forças para apresentar uma candidatura. "Nós vamos decidir uma candidatura para não permitir que este País viva os retrocessos que viveu durante as décadas de 80 e 90."
Os estudantes, a maioria ligada ao PC do B, deixou de lado antigos refrões de esquerda para entoar frases inspiradas em músicas da dupla brega jovem Sandy e Júnior.
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