PDT vai lançar candidatos em 16 Estados; Cristovam confirmado para Planalto
Lupi confirmou que, em São Paulo, o partido foi procurado pelo PT e pelo PSDB, mas que terá candidato próprio no Estado, concorrendo com Carlos Apolinário. "Não dá para não termos candidato no colégio eleitoral mais importante do país", disse ele.
O PDT realiza sua convenção nacional na próxima segunda-feira, no Rio de Janeiro, com a presença de 467 convencionais, que podem confirmar ou não a indicação do pré-candidato do partido à Presidência, o senador Cristovam Buarque (DF), que foi ministro da Educação no governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Integrantes do partido negam, mas a resistência ao nome de Buarque dentro do PPS foi um dos motivos porque a planejada aliança entre as duas legendas de esquerda não vingou. O PPS, agora, caminha para formalizar seu apoio à candidatura do tucano Geraldo Alckmin à Presidência.
Aparentemente, o nome de Buarque parece encontrar resistência dentro do próprio PDT. Hoje, pelo menos metade da bancada na Câmara e a maioria dos senadores pedetistas lançaram manifesto pedindo que o partido reconsidere seu projeto de candidatura própria. Os parlamentares temem que o partido não consiga atingir os níveis mínimos de desempenho eleitoral exigidos pela regra da "cláusula de barreira", o que seria fatal para a legenda, já que impediria o acesso ao fundo partidário, principal fonte de receita das agremiações.
Estados
Sem candidato próprio, os diretórios estaduais do PDT ficariam livres --como o PMDB-- para fazer coligações nos Estados que julgarem mais convenientes. Esse é um dos argumentos utilizados pelos parlamentares do PDT, entre o deputado federal Alceu Collares (RS).
Segundo Carlos Lupi, o PDT já deve lançar candidatos próprios ao governo de 16 Estados, entre eles, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Amapá e Sergipe. Em outros, a legenda vai contornar a legislação por meio do mecanismo da "aliança branca", o apoio informal a uma coligação, como já vai acontecer em Minas Gerais, onde os pedetistas declararam apoio ao tucano Aécio Neves, e pode acontecer no Amazonas e Goiás.
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