Maggi pode ficar neutro entre PT e PSDB
Maggi não descartou apoiar o presidente Lula. Ele avisou, contudo, que neste momento não tem como declarar apoio por conta da relação com algumas figuras da legenda. “Depende das conversações e de outras coisas”, revelou ontem o chefe do Executivo, ao participar da inauguração da nova sede da Secretaria de Desenvolvimento do Turismo, no Centro de Cuiabá.
O governador afirmou ainda que tem pessoas do PPS que vão apoiar o petista. Este mesmo conteúdo foi repassado no encontro com o presidente Lula na semana passada, no Palácio do Planalto.
As indefinições vão persistir até pelo menos o dia 19, quando acontece a convenção nacional do PPS. Neste evento, será decidido se a agremiação vai apoiar oficialmente o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, ou ficar livre para as composições convenientes no Estado.
O apoio do governador a um dos candidatos à Presidência da República vai depender, sobretudo, do comportamento dos adversários. A compensação automática seria no mínimo o respeito com relação às críticas.
“Todos sabem das dificuldades de estar no mesmo palanque do PSDB. É coisa impossível”, avisou o governador. Maggi confirmou que fez uma análise de eventuais composições, sejam com o PT ou com os tucanos. Segundo ele, qualquer decisão vai passar pelas questões do Estado.
Ainda se mantendo cauteloso, o governador não acredita em nenhuma definição antes da convenção nacional do seu partido até mesmo às questões localizadas relacionadas à formação da chapa majoritária no Estado. Blairo acrescentou que até a candidatura ao Senado só poderá ser decidido após o PPS se posicionar no cenário nacional.
O chefe do Executivo relatou ainda as dificuldades que teve com o PT. O apoio do governador pode implicar na viabilidade de alguns projetos para Mato Grosso. Na audiência com o petista, Maggi confirmou que o presidente da República quer se envolver pessoalmente na questão dos créditos que Mato Grosso ainda tem com a União relacionados à Previdência Social.
Além disso, foi tratado de um saldo que o Estado tem a receber com relação à Conab. De acordo com o governador, existem outros pontos a serem equacionados. Ele reclamou que quando a União tem para receber do Estado de Mato Grosso, automaticamente faz o bloqueio dos recursos; quando o Estado tem a receber, não tem como suspender os pagamentos à União.
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