Maggi busca escolher até quem será seu adversário
Isso só será possível em razão do seu apoio estar sendo disputado pelo presidente Lula e pelo ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, respectivamente, candidatos do PT e do PSDB à Presidência da República. Maggi já manteve conversação com os dois e tem o compromisso deles de seus respectivos partidos apoiá-lo no Estado de acordo com a sua decisão.
Na hipótese do governador mato-grossense apoiar Alckmin, o PSDB não irá lançar candidato ao governo e irá brigar, com o PFL, para indicar o candidato ao Senado na sua chapa. Blairo Maggi, que se diz amigo pessoal do ex-governador paulista, cobrou, na semana retrasada, esse compromisso, logo após o deputado Roberto Freire (PE) ter desistido de disputar, pelo PPS, à Presidência da República.
A conversa entre os dois, por telefone, foi testemunhada pelo presidente da Famato, Homero Pereira. Alckmin, segundo informações, já manteve contatos com o PSDB de Mato Grosso e solicitou que nenhuma decisão fosse tomada até o próximo dia 19, quando o PPS realiza convenção nacional. O pedido foi atendido.
Se a proposta de apoio formal ao candidato tucano for aprovada, Alckmin vai trabalhar, junto ao PFL, para que o candidato ao Senado na chapa de Maggi seja o senador Antero, hoje pré-candidato a reeleição. Mesmo assim, a cúpula do PPS tem um pré-acordo com o PFL para que o ex-governador Jaime Campos seja o indicado para disputar o Senado.
Já na conversa com o presidente Lula, na última segunda, Blairo Maggi admitiu apoiá-lo, desde que o PT não lançasse candidato ao governo do Estado. Ele reclamou da oposição ferrenha feita pela senadora Serys Marly, pré-candidata ao governo do Estado, e por setores do PT de Mato Grosso.
Lula afirmou que Serys Marly não seria um empecilho para o entendimento e que o deputado federal Carlos Abicalil era o seu "companheiro" principal no Estado.
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