Barbour é dúvida na busca do hexa
Aos 80 anos, o parlamentar ainda não fechou questão sobre a disputa. A idade é um dos fatores que contribuem para a indecisão do deputado quanto a concorrer ou não à reeleição. Filiado ao PPS, Barbour revelou ontem que pretende conversar, discutir e ouvir os correligionários para definir o assunto.
“Já dei minha contribuição”, avisou Renê. Ele até admite não entrar na concorrência, contudo não quer sair da vida pública de uma vez. A herança política de todos estes anos dificilmente será passada para um membro da família. Ele diz que o filho não foi feito para a política, muito embora, segundo ele, o herdeiro faça política, mas não diretamente.
Caso não dispute o sexto mandato, Renê pretende dar apoio à bancada do seu partido. Ele não cita o nome de quem poderia ser seu herdeiro eleitoral. Barbour alcançou alguns feitos, talvez, por conta da longa experiência no Legislativo. Foi líder de dois chefes do Executivo no Parlamento de correntes políticas divergentes.
Eleito pelo PSDB em 2002, Barbour não só ingressou no principal partido adversário dos tucanos: o PPS, em 2003, como passou a ocupar a mesma função no governo Dante de Oliveira e Rogério Salles -- a liderança do Executivo no Legislativo.
Barbour iniciou sua carreira política no Estado de São Paulo, no município de Jales, onde aos 20 anos foi eleito vereador. Nesse mandato, ele também ocupou o posto de presidente da Câmara de Vereadores. Em Mato Grosso, foi eleito deputado estadual pela primeira vez na 5ª legislatura, entre 1963 e 1967, pelo PTB.
Na legislatura seguinte foi reeleito pela Arena, permanecendo até 1971. Após quase uma década sem ocupar mandato eletivo, Barbour retornou à Assembléia Legislativa em 1995, tendo sido eleito pelo PFL.
Na legislatura seguinte foi eleito pelo PSDB, por cuja legenda foi reeleito no mandato seguinte, em 2003, porém no primeiro semestre ingressou no partido governista.
Dos 24 deputados estaduais, Renê é o único que ainda está em dúvida se disputa um novo mandato ou outro cargo eletivo. Agropecuarista e industrial, Barbour tem como principal base eleitoral o município de Barra do Bugres, distante 169 quilômetros de Cuiabá, onde mantém seus empreendimentos.
Barbour declarou ontem que está no terreno da indefinição. Contudo, não vai tomar qualquer decisão de afogadilho. “Tenho algumas dúvidas, a disposição, e já são cinco mandatos”, relata. Porém o próprio alerta que pode não disputar um mandato e continuar na vida pública. Apesar da declaração, o parlamentar não falou claramente qual o cargo que pretende ocupar.
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