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Politica Brasil
Segunda - 12 de Junho de 2006 às 06:27

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O candidato do PSDB a presidente da República, Geraldo Alckmin, disse que um dos seus primeiros compromissos, caso seja eleito, é enviar ao Congresso, na primeira semana de governo, uma Reforma Tributária. "Temos um Estado ineficiente com uma elevadíssima carga tributária. É um obstáculo quase intransponível se somado à ineficiência do setor público", justificou.

A afirmação foi feita em discurso aos militantes e delegados do partido na convenção nacional que acontece na Expominas, em Belo Horizonte (MG). O nome de Alckmin foi aprovado pelos tucanos como candidato com 384 votos favoráveis neste domingo.

Em seu discurso, Alckmin fez uma análise da atual conjuntura econômica do País e criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O Brasil apequenou-se. O governo Lula não fez absolutamente nada para garantir um crescimento futuro. Não fez as reformas necessárias e mantém a maior taxa de juros do mundo. Aumentaram o custo Brasil com a adição do custo PT", afirmou.

Ao comentar a política econômica do atual governo, o tucano disse que "será uma obsessão do meu governo" fazer a economia crescer. "O Mercosul passa por sua crise mais séria, desde que foi criado. O Brasil está no meio do caminho entre pobres e ricos. Devemos ser solidários com os países mais pobres e celebrar acordos com os mais ricos, sem demagogia", disse.

Segundo ele, o Estado brasileiro é o grande responsável pela estagnação econômica atual do País. "O resultado dessa combinação é levar cidadãos de bem à ilegalidade e à informalidade. A informalidade é uma doença que mina o espírito empreendedor", ressaltou.

Alckmin também criticou os programas sociais do governo como o Bolsa Família. "O governo atual acha que pode combater as desigualdades sociais com as simples distribuição de bolsas", afirmou.

O ex-governador paulista também culpou o governo federal pela crise na segurança do País. "O plano nacional de segurança pública foi abandonado em 2003. Precisamos de polícia eficiente, justiça rápida e cadeias seguras. Cada líder deve cuidar da seguranças em sua esfera, a começar pelo governo federal. O exemplo, bom ou mau, vem de cima. Por exemplo, o clima de cinismo e impunidade no governo federal". "A segurança pública é obrigação dos estados, mas eles são regidos por leis federais", completou.

Apesar do entusiasmo dos presentes, que terminaram carregando nos ombros Alckmin e o governador mineiro, Aécio Neves, o deputado federal Antônio Paes de Barros demonstrou menos animação. Segundo ele, será preciso esperar até que as eleições estejam mais próximas para que o candidado tucano cresça nas pesquisas. "Acho que os números dificilmente vão se mexer até lá", disse.




Fonte: Terra

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