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Politica Brasil
Domingo - 11 de Junho de 2006 às 08:17

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A candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin para presidente da República será homologada neste domingo na convenção nacional do PSDB, que pretende fazer uma festa para 10 mil pessoas.

Cerca de 800 delegados votarão também na coligação com o PFL, que já indicou o senador José Jorge (PE) para o cargo de vice-presidente. O PSDB vai divulgar um documento com as diretrizes do programa de governo em que promete "harmonizar" o desenvolvimento social do País e criar oportunidades de trabalho.

Os tucanos defendem, para isso, uma ação conjunta entre União, Estados e Municípios, com o objetivo de atender as chamadas zonas de "fragilidade social". Segundo os coordenadores do programa de governo de Alckmin, o crescimento será o núcleo central mas, para ser atingido com desenvolvimento social, não se pode limitar a um setor da economia. "Não adianta realizar uma ação brutal em um Estado sem que seus Municípios participem", disse João Carlos Meirelles, que integra a equipe de elaboração do programa.

Ele explicou que o PSDB não está propondo interiorização, ao dar prioridade às zonas de fragilidade social e às populações que vivem de programas como o Bolsa Família. Mas, sim, apontando claramente as regiões de oportunidades de trabalho. "Harmonizar o desenvolvimento não significa tornar igual, mesmo porque as circunstâncias nunca são iguais, mas oferecer igualdade de oportunidade. Evitar, por exemplo, que uma pessoa que nasceu em uma cidade pequena seja expulsa para a cidade grande. Será feito esforço nacional para gerar oportunidades em cada um e em todos os Estados e municípios brasileiros", acrescentou.

Apesar de a campanha começar oficialmente no dia 5 de julho, a convenção servirá como demonstração de unidade ao partido, que se dividiu na escolha do candidato. "É um momento importante para Alckmin dizer por que é candidato e se apresentar ao partido e ao País", disse o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). Além disso, será uma forma de integrar os filiados à campanha.

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, anfitrião do encontro, está preparando uma grande festa na Expominas para receber em sua terra as figuras mais ilustres do PSDB como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-prefeito José Serra, governadores, prefeitos e parlamentares. A expectativa é a de que Aécio, principal cabo-eleitoral no Estado, use sua popularidade e prestígio para alavancar a candidatura de Alckmin em Minas.

Com mais de 70% das intenções de voto, o governador mineiro fará simultaneamente à nacional a convenção estadual para oficializar sua candidatura à reeleição. Em 1994, a convenção que homologou o nome de Fernando Henrique foi realizada também em Minas ( Contagem). " Estamos seguindo a tradição", disse o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), ao minimizar os rumores de que o evento será em Belo Horizonte justamente para comprometer Aécio na campanha.

Como pretendem incorporar outros partidos e ampliar a aliança PSDB e PFL, os tucanos vão apenas apontar os temas centrais do programa, sem detalhar nem mencionar metas no documento básico que será divulgado na convenção. Oficializada a coligação com o PSDB, caberá agora a executiva nacional do PSDB, sob o comando de Tasso, negociar as outras alianças e incorporar outras sugestões. As mais articulações mais avançadas são com o PPS não só para a eleição presidencial, como também para governos estaduais.

O partido vai dar prioridade à saúde e educação, a exemplo do que ocorreu no governo Fernando Henrique. Dentro da linha de fazer uma ação conjugada, o PSDB propõe melhoria na qualidade do ensino em todo o País e rigor para garantir a permanência do aluno na escola em todos os níveis. Com o objetivo de preparar o estudante para o mercado de trabalho, o ensino técnico terá ênfase.

O programa Bolsa Família, que se transformou no principal fonte de votos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será ampliado e aperfeiçoado. Mas agregado à idéia de "harmonizar" o desenvolvimento social para abrir oportunidades de trabalho nos locais mais carentes. "Queremos gente trabalhando", disse João Carlos Meirelles, para quem o Bolsa Família não pode ser eterno, mas sim para atender a uma dificuldade momentânea. "Caso contrário vira um tratamento indigno e um é um novo coronelismo do século", completou.





Fonte: Agência Estado

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