Saúde realiza campanha educativa para namorados

Com o slogan “No Dia dos Namorados Vale Quase tudo. Não Vale Transar sem Camisinha”, a Secretaria Municipal de Saúde realiza hoje atividades educativas com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância do uso do preservativo na prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e Aids.

Além de todas as unidades de saúde da capital estarem realizando palestras sobre o tema, o trabalho será intensificado no centro da capital durante o período diurno e nas saídas para Chapada dos Guimarães e Santo Antônio do Leverger à noite. Técnicos da SMS estarão distribuindo materiais educativos e um porta camisinha elaborado especialmente para a campanha.

Segundo a coordenadora do Programa de DST/AIDS do município, Cíntia Selhorst, a data é um bom momento para que se faça a intervenção do uso do preservativo. “Nos tempos atuais onde o namoro foi substituído pelo “ficar” e a troca de parceiros já não se configura como tabu, associado a liberação sexual da mulher, que escolhe sem culpa seus parceiros sexuais, é fundamental massificar o uso do preservativo como fator de proteção”, explicou.

Na mensagem da campanha, a associação do uso do preservativo com prazer tem efeito de chamar atenção para o cuidado com risco da contaminação sem condenar o prazer fulgaz, rápido da troca constante de parceiros.

O objetivo é que a população em geral perceba que o uso do preservativo como decisão pessoal, independente da orientação sexual. “Por isso, a imagem apresentada na campanha tem um homem, uma mulher decidida com o preservativo em mãos e uma outra mulher que pode ser percebida como profissional do sexo ou uma homossexual”, disse a coordenadora.

Uma pesquisa nacional, realizada em 2004 pelo Ministério da Saúde estimou que cerca de 593 mil pessoas, entre 15 e 49 anos de idade, vivem com HIV e AIDS no Brasil. A mesma pesquisa revelou que 94% da população entre 15 e 49 anos citou a relação sexual como forma de transmissão do HIV e o uso de preservativos como forma de prevenção. Então, que fique claro: a falta de informação não é o problema.

No Brasil, já foram notificados 371 mil casos de aids, até junho de 2005. Desse total, a maior parte, 80% estão nas regiões sul e sudeste. Em Mato Grosso, estima-se que haja. 3.134 pessoas contaminadas com o vírus. A estimativa da Secretaria de Estado de Saúde é que 12 mil tenham a doença e não sabem.