MLST diz que vai pagar por estragos na Câmara
Participaram da manifestação integrantes do movimentos recrutados em todo o País. Eles vieram para Brasília de ônibus para pedir maior rapidez na reforma agrária. De acordo com anotações encontradas numa agenda apreendida com o líder do grupo, Bruno Maranhão, os gastos com o protesto eram estimados em R$ 82 mil.
"Ele me autorizou a dizer que o movimento vai pagar", afirmou Trindade, depois de visitar o líder, que continua preso no Complexo Penitenciário da Papuda. Ontem, integrantes do MLST não haviam dado garantias de que arcariam com prejuízos. O anúncio do pagamento se deu no mesmo dia em que foi veiculada a informação de que o governo Lula havia liberado para entidade ligada ao MLST, a Associação Nacional de Reforma Agrária, R$ 5,6 milhões.
No início da noite, depois de se encontrar com Maranhão, Trindade elogiou a liberação dos quase 500 integrantes do MLST que não haviam sido indicados pela Polícia Federal. "Essa história de prender quase 500 de uma vez é piada. Só foi vista durante o nazismo ou durante períodos de ditadura, como a que ocorreu no Chile", completou.
Trindade garantiu que a prisão dos integrantes do MLST, incluindo o seu cliente, foi irregular. "Foi uma prisão de boca. Não foi feita por uma autoridade, mas por um diretor da Câmara. E passadas 24 horas depois do flagrante, o auto de prisão ainda não havia chegado. É uma completa afronta às leis", disse. O advogado pediu ontem o relaxamento do flagrante. Mas agora, ele afirma que não adotará mais nenhuma medida, antes da manifestação do Ministério Público. "Não vou pedir nenhuma liminar."

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