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Meio Ambiente
Sábado - 10 de Junho de 2006 às 06:40
Por: Raquel Teixeira

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Técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e da Companhia de Saneamento da Capital se reuniram nesta semana com dirigentes da Superintendência de Rios e Lagoas do Estado do Rio de Janeiro (Serla) para discutir a cooperação técnica entre os dois Estados, que prevê a instalação de ecobarreiras em córregos de Cuiabá.

Na capital fluminense, a Serla já desenvolve o projeto de ecobarreiras em rios da Baía da Guanabara. Segundo o diretor da estatal, José Carlos Pinto, com a implantação das ecobarreiras, uma tonelada diária de lixo deixa de ser cair na baía.

Nas ecobarreiras no Rio, que custam entre R$ 150 mil e 300 mil, conforme as dimensões dos córregos ou rios, o trabalho de recolhimento do lixo reciclável é realizado por “ecogaris”. “Com a agregação de valor a esse tipo de trabalho conseguimos duas intenções, recolher o lixo que poderia ir para os rios e ainda proporcionar trabalho a outras pessoas”, explicou José Carlos.

A ecobarreira criada pela Serla é feita também de material reaproveitável como garrafas PET e madeira de plástico empregada na estrutura. A ponte flutuante fica ancorada nas margens dos rios e alcançcam uma profundidade de até 50 metros, suficientes para conter a maior parte do material sólido em suspensão que flutua no espelho d’água. Dessa forma, o lixo é retido antes de chegar aos rios e no local os “ecogaris” recolhem e selecionam o que pode ser reciclado.

O projeto desenvolvido foi apresentado na cidade do Rio e Janeiro a técnicos da Sema e da Sanecap que puseram em prática em caráter experimental em Cuiabá uma ecobarreira feita artesanalmente, instalada no córrego do Gambá.

A presidente da Sanecap, Eliana Rondon, considera a instalação das ecobarreiras uma medida paliativa que deve ser posta em prática com outras ações de educação e conscientização ambiental. “O que deve ser mudada é a consciência de cada cidadão que tem que se perguntar o porquê da necessidade de barrar o lixo que está sendo jogado nos rios, se esses resíduos podem ser recolhidos antes”, argumenta Eliana.

Nos primeiros 20 dias da instalação da ecobarreira no córrego do Gambá foram recolhidas 2 mil garrafas PET e cerca de 300 quilos de metais e outros plásticos.

Em Cuiabá atualmente apenas 29% do esgoto é tratado e o lixo que não é recolhido pelo serviço municipal de coleta acaba jogado nas bacias coletoras que deságuam na principal fonte de abastecimento da Capital, o rio Cuiabá. São vinte córregos na cidade, sendo dois deles, o Barbado e o Gambá, os mais prejudicados com o depósito de resíduos sólidos, principalmente, além do esgoto que cai diretamente.





Fonte: Secom-MT

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