Filme de Chorão começa a ser rodado neste sábado
O roqueiro já alimenta esse projeto há quatro anos. "Comecei a escrever em pedacinhos de papel, mas a idéia já nasceu pronta na minha cabeça. O mais difícil foi fazer os diálogos e definir as personalidades do personagem", afirma. E, segundo ele, trata-se de um projeto que conta a história de sua geração. "O filme tem que ter a cara da rapaziada de hoje, que rompeu barreiras, venceu limites, mas que ainda anda meio desencaminhada."
O Magnata, interpretado por Paulo Vilhena, é um roqueiro inconseqüente. Rico por ter o dinheiro do pai, anda no meio da galera da periferia. "Ele se identifica com os RL, Radicais Livres, pelas idéias." O ator, aliás, foi o primeiro a entrar no projeto. "Nós tínhamos um amigo em comum que, ao saber do filme, disse para o Chorão me ligar. Na hora aceitei, antes mesmo de ele me contar a história", diz o ator.
Chorão aproveita para fazer uma participação no filme. O papel? Ele mesmo. "Vou estar lá como líder do Charlie Brown. O Magnata acabou de explodir e tenta conseguir abrir o nosso show", adianta.
E Chorão deixa claro que não será a sua biografia que irá para as telas. "Não é um '8 Mille' [longa com Eminem, que fala da vida do rapper]. Ele conta a história da minha geração, da galera que interage comigo e está aí, tentando vencer."
Vilhena, além de atuar, irá surfar e cantar na produção. "Vai ser ótimo juntar o útil ao muito agradável", fala. Quanto ao canto, Chorão afirma que o ator vai muito bem. "Como ele será músico, vai cantar mesmo, para não ficar falso. Estamos ensaiando há só duas semanas, mas já está ótimo." Paulinho até ofereceu uma canja na entrevista: "Vocês querem que eu cante?" Mas depois riu, e nada de soltar a voz.
A atriz Rosanne Holland (em cartaz no filme "A Concepção") é o par do ator (leia mais acima), e bandas como Dead Fish e Tolerância Zero, além de João Gordo e do pessoal da MTV, também fazem participações.
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