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Politica Brasil
Sexta - 09 de Junho de 2006 às 07:50
Por: Luciana Nunes Leal e Rosa Cost

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Depois da leitura do relatório da CPI dos Bingos, o senador Agripino Maia (PFL-RN) pediu a palavra e comentou, em tom irônico, o "congraçamento do PT". De fato, os governistas da comissão cumpriram a obrigação partidária de protestar contra o texto final, mas estavam tranqüilos. Estão certos de que terão votos suficientes para derrubar o relatório de Garibaldi Alves (PMDB-RN). No lugar, pretendem aprovar o voto em separado do senador Magno Malta (PL-ES), que vai retirar tudo o que não tenha ligação direta com bingos e outros jogos.

O parlamentar excluirá toda a parte sobre desvios de dinheiro de prefeituras petistas para abastecer campanhas do partido, o caso do assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel e as explicações sem provas do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, que diz ter pago do próprio bolso dívidas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua filha Lurian. Até a oposição reconhece a dificuldade de aprovar o parecer de Garibaldi. Durante toda a CPI, a margem foi apertada para um lado e para outro. Com o apoio do PTB, que antes votava com a oposição, o governo acredita ter garantido a vitória.

Enquanto a situação reclamou da inclusão do ex-ministro Antonio Palocci e de Okamotto entre os pedidos de indiciamento, a oposição protestou contra a retirada dos nomes do ex-minitro-chefe da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu (PT-SP) e do chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho. Se o documento for mesmo rejeitado, os oposicionistas votarão, embora sem maioria, a favor do voto em separado do tucano Álvaro Dias (PR), que apresenta versão ainda mais rigorosa, pedindo o indiciamento de Dirceu e Carvalho.

Dias quer ainda que o presidente seja investigado pelo Ministério Público.





Fonte: AE

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