Um Líder e Suas Quadrilhas
O que o mundo viu na Câmara Federal foi um bando de vândalos abestados comandados por um homem de dentro da casa do presidente. Um membro da executiva nacional deste partido que vem se mostrando delinqüente. Bem, um partido onde alguns dos seus maiores mandatários estão sendo investigados por assassinato, o que se pode esperar? Foi premeditado, planejado nos mínimos detalhes e sem nem a preocupação de ser uma manifestação por isto ou aquilo.
Quantas ações o PT já deve ter organizado nesses vinte e cinco anos de existência?
Esta é apenas mais uma das quadrilhas de Lula. Foi uma agressão moral a uma instituição que o PT desmoralizou ao cooptar seus membros, mas que merece ser respeitada na sua forma física e emblemática por ser um símbolo da democracia. Mesmo que em frangalhos morais a Câmara Federal é composta por aqueles que legitimamente a população outorgou o direito de estar lá e só através do voto a população pode tirar. Se são cínicos, venais, devassos e corporativistas, não interessa. Estão lá porque nós os colocamos.
Foi um acinte contra os brios do brasileiro. Vi muitos parlamentares dizendo que os vândalos erraram o local do ataque e que deveriam estar no Palácio do Planalto. Impossível! Lá eles têm passagem livre, são amigos do presidente. Vi também Miro Teixeira ir à tribuna e numas das suas mais medíocres falas, dizer que só podia ser a “direita infiltrada”. Oportunismo retrógrado.
Reivindicações sociais em um país civilizado e com uma democracia instalada não são feitas através de baderna. Quem financia o MLST? Quem o estimula a agir? Ora, na filmagem apreendida pela polícia durante a organização do ataque, pôde-se ouvir claramente: “precisamos acabar com essa corja do PFL e PSDB” numa nítida defesa ao governo Lula.
Lula emitiu uma nota de repúdio ao ato, mas não teve coragem de emitir uma nota de repreensão a ação dos seus amigos. Lula nunca assume ou diz o que deve ser dito por inteiro. É um homem de meias verdade e meias mentiras. Beneficia-se dos bens públicos para cruzar os céus do Brasil distribuindo recursos públicos em forma de esmola para uma massa desinformada e carente, inaugurando assim, uma nova modalidade de compra de votos, afrontando a Justiça Eleitoral do Brasil. Enquanto engana a população e cresce nas pesquisas, por trás, libera dinheiro público para financiar grupos de bandoleiros como o MST, o MLST e tantos outros que vêm aterrorizando o brasileiro.
É, na história do Brasil já tivemos no comando pessoas de muito mais brio e coragem.
Este país precisa de um pouco mais de intolerância. Precisamos reaver a capacidade de indignação. Não podemos continuar lenientes com pequenos delitos porque quando acordamos estamos como hoje, transformados em reféns e cúmplices desses bandoleiros.
Adriana Vandoni é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ e articulista de A Gazeta. Blog: www.argumento.bigblogger.com.br
Comentários