Salles se coloca à disputa ao governo
"Acho que Senado para ele é melhor que arriscar sair para governo neste momento. Mas vejo que se sair para governador pode provocar o segundo turno. É o nome mais forte que temos no partido, mas minha defesa pelo projeto próprio do partido me levou a colocar meu nome à disposição. Se for por falta de nome eu disputo", argumentou Rogério Salles, confirmado que se encontrou com Paes de Barros na última segunda-feira, quando o projeto próprio discutido, numa reunião da Executiva Regional, em Cuiabá.
O ex-gestor afirmou que seu maior interesse é pela disputa em vaga à Câmara dos Deputados, e, acredita, que o PSDB consiga eleger neste pleito pelo menos dois nomes. Já para a Assembléia Legislativa, a sigla tucana aposta conquista de até quatro cadeiras no Parlamento.
Por várias vezes, o nome de Salles foi ventilado pela direção do partido, no entanto, não houve avanço por conta das indefinições que tomaram conta do processo de fechamento de alianças. O PSDB foi cotado inclusive para seguir com o PPS, do governador Blairo Maggi, que busca a reeleição.
Salles lembrou que como todos os partidos, o PSDB depende das alianças estabelecidas pelo diretório nacional. A convenção nacional do partido está marcada para o final de semana. Somente depois das decisões nacionais é que os diretórios estadual e municipal poderão firmar os nomes dos candidatos, efetivamente. Isso só deve ocorrer no fim do mês.
"Nossa Executiva definiu a priorização da decisão nacional. O Antero, que é presidente do partido, foi orientado a não tomar nenhuma decisão agora, antes da convenção. Por isso mesmo não fechamos na candidatura própria já na segunda-feira, senão talvez hoje (ontem) teríamos que mudar tudo de novo", alertou Salles, se referindo à decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
A nova orientação do órgão proíbe o partido que estiver fora da campanha presidencial de se aliar, nos estados, com siglas que apóiam candidatos. Ele só poderá se coligar com partidos que também estiverem excluídos da disputa nacional. Outra novidade adotada ontem pelo tribunal, também no sentido de tornar a regra da verticalização mais dura, é que, se quatro partidos se coligarem na disputa presidencial, terão de repetir essa aliança em cada estado ou cada partido terá de disputar a eleição estadual isoladamente.
Comentários