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Cultura
Quarta - 07 de Junho de 2006 às 20:40

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Cumprindo uma de suas proposições conceituais, a de mesclar linguagens artísticas, o I Festival Nacional de Teatro de Cuiabá traz às 19h desta quinta-feira, 8 de junho, no Teatro Universitário, a peça “Vau da Sarapalha”, recriação teatral do conto “Sarapalha”, de João Guimarães Rosa. A montagem, desenvolvida pelo Teatro Piollin, da Paraíba, utiliza o trabalho corporal e vocal para dissecar as personagens do texto literário (que integra o volume Sagarana, publicado há 50 anos).

O grupo tem coordenação de Luiz Carlos Vasconcellos e conta com os atores Everaldo Pontes, Nanego de Lira, Soia Lira e Servílio Gomes, mais a assistência do músico Escurinho, responsável pela sonoplastia. Há 14 anos nos palcos de todo o mundo, a peça já ultrapassou a marca das 1.000 apresentações, e segue em frente, agora em Cuiabá.

Apesar de ser baseado no rico e inventivo universo de Guimarães Rosa, o enredo de “Vau da Sarapalha” é bem simples: no sertão mineiro, numa região tomada pela maleita, vivem os primos Ribeiro (Nanego Lira) e Argemiro (Everaldo Pontes). Com eles, o cachorro Jiló (Servílio Gomes) e a negra Ceição (Soia Lira), que cuida da casa. A monotonia desse mundo é quebrada quando Argemiro confessa a Ribeiro que decidira trabalhar na propriedade do primo por alimentar um amor platônico por Luiza, esposa do último, que teria fugido com outro homem.

Universo simbólico – A adaptação do grupo paraibano Piollin, assinada por Luiz Carlos Vasconcelos, remete o público ao universo simbólico de Guimarães Rosa (sempre o sertão e seus personagens), por meio de uma representação que reúne tanto elementos do teatro físico quanto do narrativo.

A combinação é alinhavada por uma bela sonoplastia, que é dividida entre os cinco atores em cena. Os sons que emitem com a boca ou com objetos como cabaças, troncos de madeira e até uma fornalha dão lirismo à narrativa e marcam o ritmo da peça, alternando tempos fortes e lentos, sem entediar o público.

Em “Vau da Sarapalha”, revela-se um Brasil tosco e rural. No palco, personagens que vivem quase na miséria, como bichos. Um dos destaques do ótimo elenco é o ator Servílio Gomes fazendo um cachorro: sua imitação, composta de latidos e rosnadas, tem arrancado aplausos por todos os cantos em que a peça é apresentada.

O I Festival Nacional de Teatro de Cuiabá começou no dia 3 de junho e prossegue até 10 de junho em Cuiabá. O evento é realizado pelo Teatro Fúria e tem o patrocínio e o apoio institucional do Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Cultura, Conselho Estadual de Cultura e da Prefeitura de Cuiabá, por meio de sua Secretaria Municipal de Cultura.

Saiba Mais – Piollin

A companhia destaca-se no panorama teatral pela qualidade artística de suas encenações e pelo comprometimento social. “Vau da Sarapalha” tem sido agraciado pela crítica especializada e pelo público em geral, como um dos melhores espetáculos dos últimos anos. “Vau da Sarapalha” é o terceiro espetáculo do Piollin. Antes dele, o grupo paraibano havia encenado apenas “O Aborto” e “Os Pirralhos”.

Serviço

O quê: “Vau da Sarapalha” (Piollin – PB)

Quando: 08 de junho (quinta-feira), às 19h

Onde: Teatro da UFMT

Quanto: R$ 10 e R$ 5 (meia entrada)

Assessoria de Imprensa do Festival Nacional de Teatro de Cuiabá

Secretaria do Festival - 3622-0872

Marinaldo Custódio – 8123-4581

Raquel Ferreira – 9909-2290

Camila Bini – 8114-9515

I FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO DE CUIABÁ

Extraindo a parte que dói

Cia. Carona de Teatro (SC) apresenta “A Parte Doente” nesta quinta às 21h no Sesc Arsenal

A parte doente é aquele pedaço que não funciona, tem defeito ou simplesmente não serve mais. Algo que deixou de ter utilidade ou que desequilibra o organismo. Mas “A Parte Doente”, que a Cia. Carona de Teatro (SC) mostra no teatro do Sesc Arsenal nesta quinta-feira às 21h, é aquele pedaço em nós que incomoda tanto que, se pudéssemos, o arrancaríamos de nós. A peça integra a programação oficial do I Festival Nacional de Teatro de Cuiabá.

Com texto de Gregory Haertel, a peça une no palco três mundos diversos. Há o professor universitário reprimido, uma mulher muito preocupada com as aparências e um médico meio neurótico. Entre eles, um câncer aparece como a parte doente que precisa ser arrancada. A situação serve de ponto de partida para discussões sobre solidão, angústia e valores.

“A Parte Doente” traz James Beck, Paula Braun e Fábio Hostert e recebeu o prêmio Funarte/Petrobrás de Fomento ao Teatro, que ajuda grupos de todo o País a arcar com as despesas de produção de um determinado espetáculo. A estréia de “A Parte Doente” foi em 19 de março.

A Cia. Carona de Teatro participa de outra frente do festival: o Ribuliço Folclórico. A trupe foi convidada para elaborar um intercâmbio cultural com o grupo folclórico Flor Ribeirinha, que trabalha com a disseminação e sobrevivência do siriri. Os primeiros resultados serão apresentados na sexta-feira (09 de junho), às 21h30, no Museu de Imagem e Som de Cuiabá (MISC).

Porã - O encerramento dos espetáculos da noite de quinta-feira (8 de junho) fica por conta do poeta sul-mato-grossense Emmanuel Marinho, que apresenta “Porã”, peça que já foi aplaudida por mais de 60 mil pessoas em várias capitais do Brasil e do exterior, em seis anos de estrada. “Porã” usa como matéria-prima poesias e sátiras de fatos contemporâneos e questões atemporais. A maneira espontânea de o autor apresentar dispensa a necessidade de cenário ou de luzes especiais.

Apesar de usar referências específicas em muitos poemas e músicas – como a política regional, a questão indígena e a cidade de Dourados –, o público em outros lugares enxerga em Porã temáticas universais, mediado pela arte expressionista do poeta. Isso ocorre porque o poeta usa ícones que têm universalidade: amor, terra, vida, desigualdade, pão velho.

O I Festival Nacional de Teatro de Cuiabá começou no dia 3 de junho e prossegue até 10 de junho em Cuiabá. O evento é realizado pelo Teatro Fúria e tem o patrocínio e o apoio institucional do Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Cultura, Conselho Estadual de Cultura e da Prefeitura de Cuiabá, por meio de sua Secretaria Municipal de Cultura.

Serviço

O quê: “A Parte Doente” (Cia. Carona de Teatro – MT)

Quando: 08 de junho (quinta-feira), às 21h

Onde: Teatro do Sesc Arsenal

Quanto: R$ 10 e R$ 5 (meia)

O quê: “Porã” (Emmanuel Marinho – MT)

Quando: 08 de junho (quinta-feira), às 22h

Onde: Teatro do Sesc Arsenal

Quanto: Entrada Franca

Assessoria de Imprensa do Festival Nacional de Teatro de Cuiabá

Secretaria do Festival - 3622-0872

Marinaldo Custódio – 8123-4581

Raquel Ferreira – 9909-2290

Camila Bini – 8114-9515

I FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO DE CUIABÁ

Debates sobre cultura continuam no Ribuliço das Cabeças

Trabalho em cooperativa é tema de hoje, e amanhã o assunto é financiamento

A criação de uma cooperativa de teatro em Mato Grosso é o tema da palestra de Márcio Menezes, da Cia. Teatro Ladrão (DF) na programação do “Ribuliço das Cabeças” desta quinta-feira. As discussões ocorrem no cinema do Sesc Arsenal a partir das 9h e integram a programação do I Festival Nacional de Teatro de Cuiabá. Na sexta, é a vez do experiente Aimar Labaki, do grupo Parlapatões, Patifes e Paspalhões (SP), falar de financiamento público de arte e entretenimento, às 9h também no Sesc Arsenal.

Outra atividade do Ribuliço das Cabeças, frente do festival que visa suscitar discussões e debates sobre o fazer cultural, é a Mostra Curta o Debate, em que dois curta-metragens são exibidos para pontuar debates sobre os temas que abordam. Às 16h, é a vez de “Simetria: de que lado você está?”, de Luciano Caldas (GO), e em seguida será exibido “De dentro pra Fora”, de Bruno Bini (MT). As exibições ocorrem no Museu de Imagem e Som de Cuiabá (MISC).

O I Festival Nacional de Teatro de Cuiabá começou no dia 3 de junho e prossegue até 10 de junho em Cuiabá. O evento é realizado pelo Teatro Fúria e tem o patrocínio e o apoio institucional do Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Cultura, Conselho Estadual de Cultura e da Prefeitura de Cuiabá, por meio de sua Secretaria Municipal de Cultura.

Assessoria de Imprensa do Festival Nacional de Teatro de Cuiabá

Secretaria do Festival - 3622-0872

Marinaldo Custódio – 8123-4581

Raquel Ferreira – 9909-2290

Camila Bini – 8114-9515

I FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO DE CUIABÁ

Uma charanga feita

de lixo, som e muita graça

Udi Grudi apresenta “Lixaranga” às 10h desta quinta na Praça Alencastro

O grupo brasiliense Circo Teatro Udi Grudi, já muito conhecido e apreciado pelo público local, volta a se apresentar dentro da programação do I Festival Nacional de Teatro de Cuiabá. Seus integrantes (Márcio Vieira, Marcelo Beré e Luciano Porto), que na terça-feira exibiram-se com a peça “O Cano”, no Teatro Universitário, trazem nesta quinta, às 10h, na Praça Alencastro e com entrada franca, a sua “Lixaranga”.

Em sua condição de espetáculo poético-musical próprio para ser exibido em espaços abertos, “Lixaranga” cai como uma luva no Festival, pelo conceito que o evento tem de levar o teatro para o meio do povo, ou, na mão inversa, levar o povo a um contato mais íntimo com o teatro.

A geringonça do Udi Grudi é, como o nome diz, uma charanga feita de lixo. Nela, os três atores encenam um espetáculo de rua, interpretando personagens muito parecidos com alienígenas ou algo parecido. No repertório, destaque para as músicas carnavalescas e números musicais populares.

Tudo muito na linha do Udi Grudi, cujos espetáculos transitam sempre entre as artes circenses e a mescla do teatro com a música. Daí que na charanga em questão tudo é motivo para que os seus integrantes tirem sons de tudo quanto é coisa que lhes apareça pela frente. Eles se apresentam como personagens quixotescos, cujas roupas são armaduras feitas de lixo. Em dado momento, um deles radicaliza e se transforma mesmo num chafariz.

Os figurinos e adereços utilizados na peça foram desenhados pelo próprio grupo, e são todos confeccionados com materiais de sucata e descartáveis em geral: canos de PVC, embalagens tetra pak, latas etc. A duração do espetáculo é de 30 minutos e ele é livre e recomendável para todas as idades.

O I Festival Nacional de Teatro de Cuiabá começou no dia 3 de junho e prossegue até 10 de junho em Cuiabá. O evento é realizado pelo Teatro Fúria e tem o patrocínio e o apoio institucional do Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Cultura, Conselho Estadual de Cultura e da Prefeitura de Cuiabá, por meio de sua Secretaria Municipal de Cultura.

Serviço

O quê: “Lixaranga” (Circo Teatro Udi Grudi – MT)

Quando: 08 de junho (quinta-feira), às 10h

Onde: Praça Alencastro

Quanto: Entrada Franca





Fonte: Da Assessoria

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