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Politica Brasil
Quarta - 07 de Junho de 2006 às 11:12
Por: Jaime Neto

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A decisão adotada ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre como deve ser conduzida a verticalização na eleição deste ano já causou reação das lideranças partidárias em Mato Grosso. Atendendo a uma consulta do PL, a Corte entendeu que as legendas que estiverem livres, ou seja, que não participam de coligações nacionais só poderão se aliar nos estados às siglas também livres.

“O partido livre pode se coligar com quem quiser. Mas não pode se coligar com partido coligado para a eleição presidencial”, explicou o presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Melo, durante o julgamento ontem.

“Essa decisão vai dar pano para manga”, avaliou nesta manhã ao MidiaNews, por telefone, o senador Jonas Pinheiro (PFL) que se encontra em Brasília. Indagado sobre a hipótese do PPS nacional não declarar apoio oficial ao tucano Geraldo Alckmin (PSDB), Jonas respondeu: “Aí complica a situação”. Neste caso, o PFL em Mato Grosso estaria obrigado a compor com o PSDB ou lançar candidato próprio ao governo se afastando de uma composição dada como certa até ontem com o PPS do governador Blairo Maggi. “O TSE está legislando em pleno período de campanha política”, reclamou o senador.

"Fomos surpreendidos pelo TSE. Temos que rever os encaminhamentos. Essa decisão não foi boa para gente", disse nesta manhã o presidente regional do PPS, Percival Muniz. Ele que integra a Executiva nacional do partido, informou que a tendência no plano nacional é deixar a sigla livre.

Neste cenário, o PPS planeja o apoio do PP, PTB, PDT, PV, PHS e PMDB. Ele informou que fará uma nova reunião ainda hoje com o PFL que já dava como certo o ex-prefeito Jaime Campos como candidato ao Senado pelo grupo de Maggi. "Até ontem, por exemplo, o Pagot tinha 90% de chance de ser o vice, agora, tem 30%", avaliou.

O ex-governador Dante de Oliveira (PSDB) que também está em Brasília onde participa no dia 11 da convenção nacional tucana disse que a decisão do TSE é confusa e que a direção nacional estaria preparando uma nova consulta ao Tribunal. No entanto, não se mostrou preocupado com os reflexos da decisão na política local. “Na minha tese, o PSDB não pode deixar de ter candidato ao governo. Se será o Antero ou outro nome, não sei. Não tem cabimento o partido não disputar a eleição”, avaliou.

Já o vice-prefeito de Várzea Grande, Nico Baracat, que integra a comissão eleitoral do PMDB em Mato Grosso, afirmou que a decisão do TSE “zera o jogo eleitoral”. Segundo ele, o PMDB terá agora que definir logo no plano nacional como irá para eleições deste ano.

Esta semana, antes da decisão do TSE, o PMDB recusou o apoio oficial à reeleição de Lula. Porém, se ficar livre, como pretende os candidatos ao governo, o partido só poderá se coligar nos estados com outras agremiações também livres. Neste caso, o partido poderá ser o grande beneficiado com o apoio a Maggi. Ontem, houve uma reunião entre o governador e a comissão eleitoral do PMDB e as conversas, agora, tendem a se intensificar.





Fonte: Midia News

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