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Politica Brasil
Quarta - 07 de Junho de 2006 às 07:06
Por: Mariangela Gallucci

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O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, atendeu o pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, e abriu 15 inquéritos para apurar suspeitas de envolvimento de congressistas com fraudes na compra de ambulâncias reveladas pela Operação Sanguessuga. O ministro determinou a remessa dos inquéritos para a Polícia Federal e determinou que sejam colhidos depoimentos de todos os parlamentares suspeitos de participação nas irregularidades. Ele também concluiu que devem ser identificados os assessores de parlamentares suspeitos de envolvimento nas fraudes.

Gilmar Mendes optou por manter em sigilo o conteúdo dos inquéritos e os nomes dos congressistas suspeitos de participar do esquema. Mas já se sabe que, para fundamentar a abertura dos inquéritos, o procurador-Geral da República, Antônio Fernando de Souza, utilizou principalmente os registros contidos no livro-caixa eletrônico apreendido pela Polícia Federal nos computadores de empresas do esquema.

Entre os deputados integrantes desta primeira leva estão Nilton Capixaba (PTB-RO), João Caldas (PL-AL), Pedro Henry (PP-MT) e Lino Rossi (PP-MT). Segundo o ministro, as diligências devem ser realizadas para apurar a ocorrência ou não de supostas práticas criminosas. O procurador-geral pediu na semana passada a abertura dos inquéritos. Na ocasião, a sua assessoria informou que ele identificou a existência de indícios de participação de 15 parlamentares no esquema suspeito de cometer crimes como corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

No Congresso, a expectativa é que Souza peça a abertura de novos inquéritos para investigar mais suspeitos de participar das irregularidades na próxima semana. A procuradoria examina cerca de trinta outros casos, entre eles o do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que teve dois assessores acuados de participação nas fraudes. É provável que Souza peça ao Supremo investigação de boa parte deles. O procurador-geral baseia-se nos resultados das escutas telefônicas e em documentação apreendida na sede da empresa Planam. Nos documentos, há suspeita de pagamentos de propinas a parlamentares e ex-parlamentares.





Fonte: A Gazeta

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