STF vai investigar deputados suspeitos
Gilmar Mendes optou por manter em sigilo o conteúdo dos inquéritos e os nomes dos congressistas suspeitos de participar do esquema. Mas já se sabe que, para fundamentar a abertura dos inquéritos, o procurador-Geral da República, Antônio Fernando de Souza, utilizou principalmente os registros contidos no livro-caixa eletrônico apreendido pela Polícia Federal nos computadores de empresas do esquema.
Entre os deputados integrantes desta primeira leva estão Nilton Capixaba (PTB-RO), João Caldas (PL-AL), Pedro Henry (PP-MT) e Lino Rossi (PP-MT). Segundo o ministro, as diligências devem ser realizadas para apurar a ocorrência ou não de supostas práticas criminosas. O procurador-geral pediu na semana passada a abertura dos inquéritos. Na ocasião, a sua assessoria informou que ele identificou a existência de indícios de participação de 15 parlamentares no esquema suspeito de cometer crimes como corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
No Congresso, a expectativa é que Souza peça a abertura de novos inquéritos para investigar mais suspeitos de participar das irregularidades na próxima semana. A procuradoria examina cerca de trinta outros casos, entre eles o do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que teve dois assessores acuados de participação nas fraudes. É provável que Souza peça ao Supremo investigação de boa parte deles. O procurador-geral baseia-se nos resultados das escutas telefônicas e em documentação apreendida na sede da empresa Planam. Nos documentos, há suspeita de pagamentos de propinas a parlamentares e ex-parlamentares.
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