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Cultura
Terça - 06 de Junho de 2006 às 14:42

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Uma equipe da Secretaria de Estado de Cultura realizou, entre os dias 31 de maio e 04 de junho, uma pesquisa sobre a cultura da região denominada “Rio Acima”, situada às margens do rio Cuiabá, ao norte da capital mato-grossense. A equipe percorreu as cidades e vilarejos daquela região para estudar as manifestações folclóricas das comunidades. O objetivo: complementar um trabalho, também realizado pela SEC, sobre as tradições mato-grossenses do “Rio Abaixo”, em especial o cururu, siriri, danças e confecção da viola-de-cocho.

Participaram das incursões culturais o presidente da Associação Folclórica de Mato Grosso, Luiz Marques da Silva, o músico e funcionário da Coordenadoria de Intercâmbio Cultural da SEC, Éder Rodrigues de Amorim, e o responsável pela Divisão de Áudio-visual da Assessoria de Comunicação da SEC, Júlio Rocha.

A viagem começou no dia 31 de maio pelo município de Rosário Oeste, onde foram contatadas pessoas que trabalham com as diversas manifestações folclóricas ribeirinhas. Cerca de 25 pessoas entre músicos, dançarinos de siriri e cururueiros e artesãos de viola-de-cocho participaram de uma reunião na qual foram colhidos depoimentos e histórias sobre e cultura da região. “Foi interessante descobrir que existem diferenças entre a cultura do ‘Rio Acima’ e do ‘Rio Abaixo’”, conta Éder. “Na parte de cima, por exemplo, o ritmo do cururu é mais lento e não existe o boi-a-serra, tão tradicional no ‘Rio Abaixo’”, conclui.

No mesmo encontro, os artesãos de viola-de-cocho mostraram um pouco sobre a arte de confeccionar os instrumentos, símbolo da cultura mato-grossense. Também estive presente à reunião o grupo Renascer, que reúne crianças, adolescentes e adultos da comunidade local. Basicamente, o grupo se propõe a manter vivas as tradições populares de Rosário Oeste. Vários depoimentos foram coletados. Um deles foi o de Bento Faustino da Silva, 84 anos, que toca viola e ganzá desde criança. Assim como todas as outras pessoas entrevistadas, “seo” Bento se mostrou empolgado com a iniciativa da SEC e da Associação Folclórica de Mato Grosso. “Acredito que essa pesquisa vai contribuir para não deixar morrer as tradições ribeirinhas”, afirma. “Também vamos poder passar nossa cultura para os mais jovens”.

Na quinta-feira (01.06) o grupo seguiu para Diamantino, que sedia várias das tradições mato-grossenses. Também foram coletados depoimentos e imagens das atividades culturais desenvolvidas naquele município. O grupo presenciou várias apresentações de danças e música. “Foi muito legal ver como as pessoas daqui valorizam a cultura própria”, afirma Júlio Rocha.

A última cidade visitada pela equipe da SEC foi Nobres, também rica em folclore. “Todos nós ficamos muito entusiasmados com o trabalho aqui no Rio Acima”, diz Luiz Marques. “Essa pesquisa completou a pesquisa sobre o ‘Rio Abaixo’ e nos mostrou como a cultura mato-grossense é rica”, completa.

“Obtivemos ótimos resultados com essa pesquisa”, conta Éder. “Como funcionários da Cultura de Mato Grosso, é muito importante aprendermos sobre a cultura de todas as localidades do Estado; é importante ressaltar que nas localidades visitadas todos participam das manifestações culturais sejam crianças, jovens, adultos ou idosos”.Todos se dedicam de fato à perpetuação da cultura local “, completa Luiz Marques”.





Fonte: 24Horas News

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