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Cultura
Terça - 06 de Junho de 2006 às 09:02

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Uma das atrações do I Festival Nacional de Teatro de Cuiabá, o Circo Teatro Udi Grudi, que se apresenta às 20h desta terça-feira (6), no Teatro da Universidade Federalo de Mato Grosso (UFMT), com “O Cano”, já é bem conhecido do público local.

Ano passado, por exemplo, o grupo esteve no Sesc Arsenal apresentando os espetáculos “Ovo” e “Gorgônio e Rapadura”. E, em maio deste ano, esteve de novo naquele mesmo espaço ministrando oficina de construção de instrumentos musicais em sucata.

“O Cano” é um espetáculo inspirado no número tradicional circense “Excêntricos Musicais”. Brinca com a relação entre a música, executada com instrumentos musicais alternativos, e o clown, aquele ser cômico poético que diverte e surpreende. O espetáculo desenvolve-se em uma metamorfose mágica, utilizando um repertório musical que vai do jazz à MPB.

“O Cano” traz no palco os três integrantes do Udi Grudi (Marcelo Beré, Luciano Porto e Márcio Vieira), sob a batuta da diretora inglesa Leo Sykes. Concebida em 1998, a peça tornou-se unanimidade de público e de crítica, tendo obtido destaque inclusive no Festival de Edimburgo, na Escócia, considerado o maior festival de teatro do mundo. Hoje, é o espetáculo mais bem-sucedido da companhia, com cerca de 250 apresentações pelo Brasil e pelo mundo.

Beré e Luciano dão à companhia a vitalidade das técnicas circenses. Além do estudo aprofundado de clown, a dupla tem, em duas décadas de trajetória, o aprendizado de malabarismo, acrobacias, trapézio, motociclo, pirofagia. “Tudo de forma autodidata”, ressalta Beré.

Representam também a memória do Circo Teatro Udi Grudi, fundado em 1982. São testemunhas da aventura da trupe, que, com uma lona usada adquirida na Bahia, fincaram na terra vermelha brasiliense um circo de verdade.

É o próprio Márcio Vieira, inventor com formação em engenharia elétrica, quem dá musicalidade aos engraçados movimentos dos palhaços do Udi Grudi. ‘‘Ele afina pingo d’água e ar comprimido’’, define Beré. Quem viu “O Cano” traduz com facilidade a frase de Beré.

Os instrumentos de Marciô (é assim que o grupo pronuncia o nome do eclético artista) criam sinfonias e são elementos estéticos do espetáculo. As engenhocas, de tão fascinantes, viraram peças cobiçadas nas constantes apresentações de “O Cano” no exterior. O grupo costuma voltar ao Brasil sem os instrumentos. ‘‘Eles são vendidos ao final das apresentações’’, conta Beré.

O I Festival Nacional de Teatro de Cuiabá começou no dia 3 de junho e prossegue até 10 de junho em Cuiabá. O evento é realizado pelo Teatro Fúria e tem o patrocínio e o apoio institucional do Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Cultura, Conselho Estadual de Cultura e da Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.





Fonte: O Documento

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