Artesão mostra como fazer a viola-de-cocho
O espaço onde Alcides trabalha a sua obra chama-se Saber Fazer. É ali que ele esculpe na madeira, diante de olhares interessados, um instrumento que produz um som que já foi chamado pelo músico Roberto Correa de “som de veludo”. Como instrumento de trabalho, Alcides utiliza um facão para o corte externo e, para fazer a escavação da parte interna, ele usa antigas ferramentas, como o encho goiva e o formão goiva. Por dia, ele fabrica de quatro a cinco peças. O processo todo dura cerca de dez dias e inclui o tempo em que o violão fica debaixo do sol para a secagem.
Numa parte do dia Alcides trabalha num espaço entre os estandes de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, dois dos Estados que ocupam uma área de 900 metros quadrados da região Centro-Oeste. Participando pela segunda vez do Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, o artesão considera uma grande oportunidade a participação, já que lhe propicia bons negócios, além de divulgar a cultura mato-grossense.
“Tenho uma grande satisfação em produzir um instrumento que toca qualquer ritmo da música brasileira”, diz o mestre sobre o instrumento que em Mato Grosso é utilizado principalmente nas danças tradicionais, como o Cururu, Siriri e a Dança de São Gonçalo (que envolve vários municípios).
Reconhecimento
- O artesão cuiabano Alcides Ribeiro dos Santos é um dos 43 mestres que estão mostrando no Salão do Turismo – Roteiros do Brasil as técnicas dos processos de confecção dos produtos artesanais associados ao turismo. Diariamente, assim como os demais artesão, Alcides dispõe de três horas para trabalhar a madeira e dar forma à viola-de-cocho, instrumento de som que é o símbolo da cultura mato-grossense. Aos 41 anos, o mestre dá seqüência a uma tradição familiar que começou há 150 anos. “Meu pai, o mestre Caetano, tem 81 anos e ele já via o avô dele fazendo a viola-de-cocho”, contou. O espaço onde Alcides trabalha a sua obra chama-se Saber Fazer. É ali que ele esculpe na madeira, diante de olhares interessados, um instrumento que produz um som que já foi chamado pelo músico Roberto Correa de “som de veludo”. Como instrumento de trabalho, Alcides utiliza um facão para o corte externo e, para fazer a escavação da parte interna, ele usa antigas ferramentas, como o encho goiva e o formão goiva. Por dia, ele fabrica de quatro a cinco peças. O processo todo dura cerca de dez dias e inclui o tempo em que o violão fica debaixo do sol para a secagem. Numa parte do dia Alcides trabalha num espaço entre os estandes de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, dois dos Estados que ocupam uma área de 900 metros quadrados da região Centro-Oeste. Participando pela segunda vez do Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, o artesão considera uma grande oportunidade a participação, já que lhe propicia bons negócios, além de divulgar a cultura mato-grossense. “Tenho uma grande satisfação em produzir um instrumento que toca qualquer ritmo da música brasileira”, diz o mestre sobre o instrumento que em Mato Grosso é utilizado principalmente nas danças tradicionais, como o Cururu, Siriri e a Dança de São Gonçalo (que envolve vários municípios).
O público que tem visitado o salão (somente no domingo foram 34 mil pessoas) tem reconhecido o trabalho do mestre Alcides. “As pessoas dão valor ao trabalho do artesão, são curiosos, desde crianças até adultos. Eles perguntam: porque a viola é fechada e transmite um som tão bonito?”. Alcides explica o processo de fabricação e até o tipo de madeira utilizada na fabricação. Tem o Sara de Leite (típica de Mato Grosso), o Cedro Rosa, Chimbuveira ou Tamburi (cor rajada, branco e marron) e o Cajá Manga.
A filha de 18 anos, o filho de 15 e também sobrinhos e sobrinhas já estão aprendendo o ofício num atelier em Cuiabá onde trabalham cerca de dez pessoas. Além da viola-de-cocho profissional (pintada com paisagens do Pantanal). Eles fabricam chaveirinhos em forma de viola (que compõe o kit lembrança de Mato Grosso) e violas em tamanho troféu vendidas como lembrança. “O salão para mim, além de servir para divulgar a cultura mato-grossense tem o lado lucrativo. Tenho a oportunidade de fechar contratos para o fornecimento das violas para empresas e músicos”.
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