Devastação da Mata Atlântica diminui 71% em 5 anos
As informações são do Atlas do que resta da Mata Atlântica. Os resultados preliminares foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e pela Fundação SOS Mata Atlântica. "O desmatamento continua intenso na regisões onde o bioma persiste, como Santa Catarina e Goiás", disse à Agência Fapesp o coordenador do atlas e pesquisador do Inpe Flávio Jorde Ponzoni. Segundo ele, o desflorestamento diminuiu "só nos Estados em que praticamente não existe mais Mata Atlântica, como em São Paulo", explicou.
Dos 17 Estados que a Mata Atlântica abrange, foram avaliados oito: Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O aumento no desfloramento foi verificado em apenas dois deles: Goiás (18% e Santa Catarina (8%). Segundo Ponzoni, o lugar com maior redução foi o Espírito Santo (96%). Depois vêm o Rio Grande do Sul, com 84%. O pesquisador do Inpe calcula que restem, ainda, cerca de 7,2% do ambiente original no País. "Ou seja, até hoje já foram desmatados 92, 8% da Mata Atlântica, que já esteve presente em 15% do território nacional", diz Ponzoni.
Até o final deste ano, deve estar disponível na Internet o relatório completo, com imagens de todos os Estados que integram o estudo, num total de 94% do bioma. "Todos os mapas estarão disponíveis para consulta pública, de modo a conscientizar a população e os gestores locais sobre a importância da conservação", diz Ponzoni.
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