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Politica Brasil
Sábado - 03 de Junho de 2006 às 09:58

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O empresário Otaviano Pivetta começou a manobrar no sentido de levar o PDT a oposição ao Governo Maggi, ao qual serviu como secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural. O nome do ex-assessor de Maggi foi defendido – e quase lançado - para disputar o Governo do Estado por um grupo de pré-candidatos. Medida que poderá causar um “racha” na sigla. Imediatamente o deputado Carlos Brito, um dos líderes da sigla, e o empresário Eraí Maggi, que confirmou sua candidatura ao Senado, ameaçaram recuar. Foram momentos de muita discussão.

Tudo começou com a discussão sobre a hipótese de o partido vir a ter, de fato, candidato à Presidência da República – mesmo depois que os entendimentos com o PPS de Roberto Freire terem se frustrado. O PDT trabalha ainda o nome de Cristóvão Buarque para sucessão de Lula. Os pré-candidatos pedetistas avaliam que essa situação nacional poderá dificultar o projeto político do partido no Estado. Foi o suficiente para se colocar “lenha na fogueira” que estava branda dentro do PDT.

Otaviano Pivetta aproveitou a oportunidade para tecer duras críticas ao Governo. Mesmo não se colocando abertamente contra o projeto da reeleição de Maggi – até porque a direção nacional pedetista confirmou interesse em cumprir os compromissos firmados com o governador – Pivetta foi duro no ataque. “Não vejo nenhum avanço ou qualquer evolução na área que considero número um, a educacional. Muito pouco se fez” – disse, projetando como alvo o presidente do PPS, Percival Muniz, esposa da secretária Ana Carla Muniz. O político-empresa´rio foi mais a frente: disse que o governador o “entristece” por não ter colocado em prática “o que sonhávamos juntos há quatro anos”.

O discurso de Pivetta animou parte da militância, mas colocou o partido na situação de “racha”. Eraí Maggi declarou que “é difícil ficar contra Blairo Maggi” e caso o partido insista na candidatura ao Governo não mais será candidato ao Senado. Ele explicou que trata-se de uma questão familiar. Eraí é primo de Blairo Maggi. “Muitas cicatrizes ficaram das eleições de 2002, quando não o apoiei” – admitiu o empresário rural. Naquele ano, Eraí ficou ao lado da candidatura de Antero de Barros ao Governo.

Ex-secretário chefe da Casa Civil, Carlos Brito também conflitou a posição de Pivetta. Ao contrário do colega de partido, Brito elogiou o Governo e disse que “não há como contrapor a candidatura de Maggi”. Ele dise que não tem razões para apoiar uma candidatura contra o governador. “Acredito nesse Governo. É um Governo de transformações, tenho compromisso com ele e caso o partido insista retiro minha candidatura” – frisou.

Diante do impasse causado pela tese da candidatura ao Governo, as discussões se acirraram. A definição sobre os rumos que o PDT tomará daqui para frente só se dará no dia 19 desse mês quando acontece a Convenção Nacional.





Fonte: 24 Horas News

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