Acuado, Bezerra deixa o comando do PMDB; Elarmin vira dirigente
Bezerra comunicou a executiva estadual do PMDB na semana passada. O afastamento foi discutido pela direção da sigla no mês passado, quando o nome do ex-senador foi citado pela primeira vez no escândalo sobre superfaturamento de preço de ambulâncias adquiridas a partir da apresentação de emendas parlamentares.
Pré-candidato a deputado federal, o objetivo de Bezerra é não ser alvo de novas denúncias e poupar os demais pré-candidatos da sigla do desgaste eleitoral acarretado com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que lhe apontou como um dos membros do esquema organizado pela empresa Planam.
"Mesmo com o afastamento, eu pedi a ele para assumir a presidência somente no fim deste mês ou em julho porque não poderia viajar frequentemente a Brasília antes da convenção nacional. O (ex-)senador concordou", revelou ontem Elarmin Miranda, segundo-vice-presidente estadual do PMDB.
A condução não ficará na prática com Silval Barbosa porque este é presidente da Assembléia e disputará a reeleição. Na avaliação do ex-senador, o parlamentar não poderia se dedicar suficientemente à presidência da sigla, já que o afastamento é por tempo indeterminado.
Apesar de optar por deixar o cargo, Bezerra nega se sentir prejudicado com a denúncia do MPF. "O meu couro já está grosso. Estou acostumado a sofrer acusações e ser inocentado depois", completou o ex-senador, durante entrevista coletiva, ao lado de Elarmin.
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