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Politica Brasil
Sexta - 02 de Junho de 2006 às 11:34

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Até então um dos principais defensores da candidatura própria do PMDB à Presidência, o presidente do partido, deputado federal Michel Temer (SP), sepultou ontem essa possibilidade e também a de eventual aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou com o tucano Geraldo Alckmin.

"Depois de conversar com lideranças do partido nos últimos dias, acho extremamente difícil agora manter a candidatura própria. Não dá mais. O que temos de fazer agora é prestigiar os nossos candidatos a governador, a senador e a deputado federal", disse Temer.

Temer fez um esforço para tentar ressuscitar a candidatura própria na última semana. No entanto, disse que "a maioria do partido não deseja" concorrer ao Planalto ou apoiar Alckmin ou Lula, que ofereceu anteontem numa reunião com o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia no Palácio do Planalto a vice na sua chapa à reeleição ao PMDB.

Verticalização

O maior obstáculo para fechar a aliança com Lula é a verticalização, regra adotada nas eleições passadas e mantida para esta, apesar de uma emenda constitucional tê-la derrubado. A verticalização impede que partidos adversários na eleição à Presidência se aliem nos Estados. Se apoiar Lula, o PMDB não poderá se aliar ao PSDB em nenhum Estado. Nem ao PFL, que comporá a chapa à Presidência com o tucano.

Lula pretende se reunir com Temer nos próximos dias para repetir a oferta de vice ao PMDB. Deverá ser um encontro para tentar selar um acordo futuro. A ala governista do partido já disse ao presidente que não será possível aliança oficial. O gesto de Lula, porém, servirá para sinalizar ao PMDB que deseja formar um governo de coalizão com a sigla, se reeleito, e para tentar ocupar mais espaço do que Alckmin nas negociações com peemedebistas sobre alianças estaduais.

A tentativa de nove seções do PMDB de antecipar a convenção do partido tende a fracassar. Ontem, a Justiça negou ação do ex-governador Anthony Garotinho (RJ), pré-candidato a vice-presidente na chapa do senador Pedro Simon (RS), contra a decisão da Executiva do partido que adiou a convenção do dia 11 para o dia 29 deste mês.

Mais: os contrários à candidatura própria deverão convocar uma reunião da Executiva do partido para a próxima semana a fim de cancelar até a convenção do dia 29. Ou seja, restaria aos defensores da candidatura própria recorrer a uma guerra jurídica com chance incerta de sucesso.





Fonte: Folha de S. Paulo

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