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Politica Brasil
Sexta - 02 de Junho de 2006 às 07:38
Por: Alecy Alves

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A promotora de Justiça de Campo Novo do Parecis, Fabiana da Costa Silva, denunciou o ex-cabo PM Hércules de Araújo Agostinho e o cobrador João Leite pelo assassinato do agrônomo Rogério Gonçalves de Oliveira e a tentativa de homicídio contra o policial militar Aparecido Celestino Viana.

Os dois crimes ocorreram há cinco anos, no dia primeiro de junho de 2001, dentro do parque de exposições de Campo Novo(397 quilômetros de Cuiabá).

Rogério Oliveira foi assassinado com cinco tiros de pistola 9mm a queima roupa, sendo três pelas costas e dois na cabeça depois que já estava caído. O PM Viana, que fazia parte da segurança do parque, recebeu um tiro na perna durante perseguição ao assassino.

Hércules, João Leite e um terceiro homem não identificado no inquérito policial, chegaram a ser parados e revistados horas após o crime em uma blitz da PM montada no distrito de Bauxi.

De acordo com a denúncia feita pela promotora, Hércules estava escondido na carroceria de um veículo modelo Fiorino coberto com uma lona, enquanto João Leite estava no banco do passageiro.

Naquela noite, segundo apurou o inquérito policial, Hércules portava uma pistola 9mm. Mesmo assim, tanto ele quanto seus dois acompanhantes foram revistados e liberados minutos após por intervenção de superiores da PM.

De acordo com a promotora, somente após a prisão de Hércules como pistoleiro da organização criminosa do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro é que as investigações levaram ao ex-cabo e o cobrador João Leite.

A perícia feita nos estojos recolhidos no local do assassinato do agrônomo, conforme a promotora, indicaram que as balas eram da mesma arma utilizada nos assassinatos de Rivelino Rivas Jacques Brunini, Fause Rachid Jaudy e José Jesus Freitas, em que Hércules é réu confesso e delatou João Leite como cúmplice.

Além dessa prova, diz Fabiana Silva, entre as 14 testemunhas arroladas na denúncia pelo Ministério Público Estadual estão policiais militares que trabalhavam na blitz na noite dos crimes em que o ex-cabo Hércules foi revistado.

A promotora pediu a condenação dos dois acusados por homicídio(artigo 121) duplamente qualificado, incisos I e IV, mediante paga e surpresa, respectivamente, que somados podem passar de 20 anos de prisão para cada um deles. A representante do Ministério Público, Fabiana Silva, acha que o processo possui provas suficientes para condenação de ambos os acusados.

Apesar da denúncia formalizada anteontem em juízo, a promotora diz que as investigações sobre esse caso não se encerraram. O Ministério Público está trabalhando para descobrir a mando de quem Hércules executou o agrônomo e quem é o homem que dirigia o carro em que ex-cabo fugiu.





Fonte: A Gazeta

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