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Politica Brasil
Quinta - 01 de Junho de 2006 às 07:28
Por: Sergio Gobetti

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Os reajustes de salário que estão sendo negociados e anunciados pelo governo, para beneficiar os servidores do Executivo, deverão aumentar a despesa de pessoal da União em R$ 7,6 bilhões anuais. Se as reivindicações dos demais poderes também forem atendidas, como pedem os chefes do Judiciário, do Ministério Público e do TCU, a conta sobe para R$ 11,2 bilhões - mais do que todo o investimento realizado no ano passado pelo governo.

O impacto é maior do que o inicialmente anunciado porque, neste ano, grande parte dos reajustes vai ser paga apenas a partir de junho. Em apenas alguns casos, previstos na medida provisória publicada ontem, uma parte do aumento é retroativo a fevereiro, como no caso dos servidores da Ciência e Tecnologia e dos fiscais agropecuários, mas o reajuste "cheio" só vale a partir de junho. No ano que vem, entretanto, o impacto se dará sobre 12 meses.

No Orçamento de 2006, o governo já reservou R$ 5 bilhões para os reajustes, e esse gasto já foi programado pela equipe econômica ao divulgar, há duas semanas, o bloqueio de R$ 14,2 bilhões nas despesas de investimento e custeio. Ou seja, o reajuste não deverá afetar a meta de superávit primário do governo federal, mas vai inibir o esperado salto nos investimentos. Em média, o governo Lula tem investido 25% a menos do que na gestão de FHC, segundo o PSDB. Desde que iniciou seu mandato, o presidente Lula tem esbarrado (às vezes voluntariamente) em obstáculos que inibem os investimentos: em 2003 foi a crise econômica, em 2004 o crescimento das despesas com o Bolsa Família, em 2005 o déficit da Previdência e em 2006 os gastos com pessoal.





Fonte: AE

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