Zebra vai disputar pela 9ª vez
Aos 65 anos, o fato de nunca ter sido eleito não traz nenhum desânimo para o pré-candidato. Segundo ele, a disputa se dá para que ele cumpra o dever de não ficar calado diante de tantos escândalos envolvendo políticos.
“Vou usar o horário eleitoral gratuito para denunciar e pedir ao eleitor para não ficar calado”, disse ao observar que uma parcela do tempo de propaganda eleitoral majoritária deve ser dividida de forma igualitária entre todos os candidatos. “Eu só vou ser candidato para denunciar esses corruptos. É melhor perder do que pecar por omissão”, frisou.
Com base eleitoral em Rondonópolis e Cuiabá, a primeira disputa da qual participou, pelo antigo MDB, hoje PMDB, foi para a prefeitura de Rondonópolis, em 1976. De lá para cá já disputou os cargos de deputado estadual, senador, prefeito de Cuiabá, vereador, deputado federal e novamente senador.
Nesses anos todos, o mais próximo que conseguiu chegar do poder foi quando conseguiu a segunda suplência de deputado estadual, em 1978. “Mas não cheguei a assumir porque o Bezerra [Carlos] e o Dante [Martins de Oliveira] não deixaram”, revela.
A maior votação conquistada, no entanto, foi em 1994, quando recebeu 60 mil votos para o Senado. Em 2002, na última eleição que disputou, conseguiu 16 mil votos para deputado federal.
Manoel Novaes ressalta que a denúncia é um dever que deve ser cumprido por todos os cidadãos. “Todo mundo fica quietinho, a Justiça concede habeas corpus para todo mundo, quero alertar a população porque eu não aguento ficar calado”, disse ao se referir aos escândalos do chamado “mensalão” e às sanguessugas, que envolvem políticos de todo o Brasil.
“Em 1998, quando fui candidato a governador, me perguntaram como eu pretendia ganhar a eleição. Eu respondi que já tinha vencido 1,4 milhão de possíveis candidatos e que naquele momento só faltava derrotar mais quatro”.
Ele observou que está utilizando um direito comum a todos os cidadãos para denunciar os desmandos da política.
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