Freire anuncia que desiste do Planalto e Maggi fica livre
"A tendência é o PPS ficar livre para compor nos estados", revelou ontem um membro da executiva nacional. Roberto Freire, segundo informações, passou o dia de ontem em São Paulo, conversando com lideranças tucanas. Por isso, a possibilidade do partido se aliar ao PSDB não está totalmente descartada.
A decisão de Freire em desistir da sua postulação foi para atender os pré-candidatos aos governos estaduais, principalmente de Mato Grosso, de Rondônia, do Rio de Janeiro e do Paraná. Nesses Estados, o PPS tem condições favoráveis para vencer as eleições.
Em Mato Grosso e Rondônia, respectivamente, os governadores Blairo Maggi e Ivo Cassol são considerados favoritos, enquanto no Rio de Janeiro, a deputada Denise Frossard, e no Paraná, o ex-deputado Rubens Bueno, aparecem com chances reais de serem vitoriosos.
A situação deles ficaria comprometida se Freire insistir na sua candidatura presidencial, o que restringiria o arco de alianças. O PFL, por exemplo, é o principal aliado do PPS em Mato Grosso e no Rio de Janeiro, enquanto o PSDB faz esse papel no Paraná. "Na hipótese da candidatura presidencial própria, os nossos candidatos nesses Estados não poderiam ter o apoio do PFL e nem do PSDB", observou o dirigente socialista.
Oficialmente, os dirigentes do PPS do Estado mantêm a cautela, mas já trabalham na formação do arco de aliança em cima da tese da liberação do partido. Dessa forma, as negociações com o PFL foram praticamente concluídas, com Jaime Campos sendo guindado como candidato oficial da chapa de Maggi ao Senado.
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