Maggi recua e inclui reajuste de 5%
O recuo foi divulgado pelo secretário de Administração, Geraldo de Vitto, após a bancada governista prometer ao Executivo que aprovaria o aumento no mesmo dia. Como o projeto foi aprovado no início da noite, o reajuste será pago aos 78,7 mil servidores estaduais até o dia 07 de junho.
A decisão do governo também serviu para minimizar a crise institucional agravada com a demora da Assembléia na aprovação da matéria. O projeto foi entregue aos deputados no dia 24 de abril e deveria ser aprovado na sessão de ontem à noite, último prazo permitido pela legislação para que o reajuste valha neste ano.
De Vitto diz que o recuo já estava sendo planejado pelo governo. Só não teria sido divulgado antes porque o governador Blairo não estava ciente da possibilidade da SAD gerar a folha de pagamento antes mesmo da aprovação da matéria. O temor de Maggi é de que, mesmo com a promessa da bancada governista, a pressão dos deputados Vera Araújo (PT) e Zé Carlos do Pátio (PMDB) adiasse ainda mais a votação. Por isso, ele declarou anteontem que o aumento já estava descartado pela equipe econômica.
"O governador, muitas vezes, não tem conhecimento total do assunto. Por isso, ele determinou que pagássemos a folha de maio sem o reajuste, mas nós obtivemos a garantia da base e preferimos acreditar na Assembléia", afirmou de Vitto, durante visita à Assembléia.
Anteontem, Maggi alegou que a decisão de não incluir os 5,05% na folha de maio foi motivada pela pressão de Vera Araújo e Zé do Pátio, que insistiam com aumento diferenciado de 19% para os profissionais da educação. Apesar de não declarar publicamente a sua insatisfação, o governador também reclamava nos bastidores da base aliada que não conseguiu neutralizar a ação da bancada de oposição.
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