Oposição devolve críticas a Maggi

O governo do Estado e a Assembléia Legislativa, mais precisamente os deputados José Carlos do Pátio (PMDB) e Vera Araújo (PT), entraram em rota de colisão na tarde de ontem com acusações mútuas de “desrespeito, politicagem e exageros”, por causa da mensagem n°. 17/2006, que dispõe sobre a revisão dos índices de reposição salarial dos servidores públicos ativos e inativos estabelecida em 5,05%, ou 100% da inflação apurada entre janeiro a dezembro de 2005, através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Anteontem, o governador Blairo Maggi (PPS) disse que não iria atrasar o pagamento de salário por causa dos deputados José Carlos do Pátio e Vera Araújo, que deflagraram críticas. Ambos os deputados fizeram questão de lembrar que o chefe do poder Executivo está mal informado em relação à tramitação do projeto de Lei, que permaneceu mais tempo nas mãos dos deputados governistas do que da oposição.

“Chega a ser uma leviandade do governador falar que estamos contra o aumento. O que desejamos é um aumento digno e respeitável e não a concessão de uma reposição mínima”, disse Vera Araújo, lembrando que pelos levantamentos as perdas no decorrer do governo Blairo Maggi, entre outubro de 2002 e abril de 2006, seriam de 19,01%, já descontadas as reposições concedidas, que foram de 7,67% e 13,07%.

Falando em plenário, José Carlos do Pátio leu uma nota negando qualquer intenção de atrapalhar a votação. “Se elas não aconteceram foi porque os deputados da bancada governista não comparecem à sessão. Os quoruns das sessões têm sido mínimos”, disse o parlamentar peemedebista.

Os deputados acusaram o governo de estar fazendo política, tanto é que vários contracheques de salários de servidores da Secretaria de Educação foram apresentados com os devidos aumentos de 5,05% já inseridos na folha de pagamento. Os contracheques eram dos meses de abril e maio. (ML)