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Politica Brasil
Terça - 30 de Maio de 2006 às 11:49
Por: Rubens de souza

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O bloco de aliança será maior que o da última eleição. Adversário até agora não existe. Os que chegaram a se lançar candidatos não querem disputar por temer uma derrota acachapante no primeiro turno. Tem tudo para vencer por W/O com a ausência de adversário. Então como explicar o destempero do governador Blairo Maggi nos encontros públicos e nos bate-papos informais? Como definir o comportamento do governador que não esconde uma certa irritação quando o assunto a ser abordado é eleição e a chapa do PPS?

Na manhã desta terça-feira no quartel general da Polícia Militar de Mato Grosso, durante a troca de comando, o governador Blairo Maggi procurou ser curto e grosso na entrevista à imprensa cuiabana. Não quis comentar sobre a gigantesca aliança partidária que está montando para garantir a sua reeleição. E um assunto que o deixou ainda mais na retranca, como se diz no jargão futebolístico, principalmente agora em véspera de Copa do Mundo, foi com relação a quem será seu candidato a vice.

O PPS do governador está com a faca e o queijo na mão. Tem carta branca para tirar de suas fileiras o candidato a vice. Mas não consegue se entender e Maggi vem sofrendo pressões da ala formada por seus amigos e até mesmo por sua esposa, Terezinha Maggi quando o assunto é definir o vice. Não aceitam a reedição da dobradinha com Iraci França, esposa do ex-prefeito Roberto França.

Ao ser perguntado se vai manter a chapa vitoriosa de 2002, com Iraci ou se pretende mesmo trabalhar para que seu amigo pessoal, o ex-secretário chefe da Casa Civil Luiz Antônio Pagot seja seu vice, o governador mostrou uma irritação e como um treinador de futebol disse que a decisão poderá sair na prorrogação durante a convenção do partido que definirá os integrantes da chapa.

Maggi sabe que para agradar sua esposa Terezinha e os amigos de primeira hora e que hoje estão no governo terá uma missão árdua, quase impossível: vencer a ala histórica do partido e, principalmente a força que o ex-prefeito Roberto França, curiosamente, esposo da atual vice, Iraci França detém dentro do PPS.

A conjuntura que se mostra no atual quadro político e que o PPS só perde a eleição para ele mesmo. Esta disputa em torno do nome de Iraci França e Luiz Antônio Pagot pode rachar o partido justamente em uma eleição onde a vitória por W/O como sonhava Antero Paes de Barros, pelo PSDB em 2002, tem tudo para acontecer. E para evitar este racha, Maggi tem dois caminhos a percorrer. O primeiro é aceitar Iraci novamente como sua vice. O segundo, e aí está o nó da tática futebolística a ser adotado, é impor o nome de seu amigo pessoal Luiz Antônio Pagot, mas tendo de negociar muito alto, como a ajuda para uma vaga na Câmara Federal, por exemplo com a própria Iraci, tentando, desta forma, acalmar a ala dos históricos, francistas e até de partidos que estão entrando na coligação muito mais em apoio a Roberto França.





Fonte: 24Horas News

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