Paulo Coelho chega a Vladivostok a bordo do Transiberiano
Coelho, que foi recebido por uma multidão de admiradores ao descer do trem, dedicou a viagem ao dissidente russo Alexander Soljenitsin, prêmio Nobel de Literatura em 1970, informou a agência "Interfax".
"Graças a seu talento, Soljenitsin mostrou ao mundo os horrores e as desventuras na vida dos presos dos campos de trabalho soviéticos", disse Coelho.
O autor brasileiro lembrou que a viagem coincidiu com o aniversário de sua libertação, em 1974, durante a ditadura militar.
Coelho, que tinha tentado, em vão, viajar no Transiberiano em 1982, dedicará o dia de hoje a conversar com os leitores e viajar de navio pelo rio Amur, fronteira natural entre Rússia e China.
O popular escritor criou um diário no seu site (www.paulocoelho.com) para que os leitores pudessem acompanhar as suas aventuras pelo coração da Sibéria.
O popular escritor anunciou em 29 de março sua intenção de viajar no Transiberiano para manter o sentido da peregrinação que aprendeu no Caminho de Santiago, em 1986, que inspirou o romance "Diário de um mago".
Longe de ser despojada, porém, a viagem de Paulo Coelho contou com a companhia de seus editores russos, vários guarda-costas e dois cozinheiros particulares.
O grupo ocupou dois vagões-cama com chuveiro, algo que não existe nos vagões normais do tem Transiberiano. A apresentadora Glória Maria, da Globo, acompanhou a viagem.
Ele aproveitou as últimas duas semanas para revisar seu novo livro, e também anunciou a intenção de realizar um filme sobre sua viagem a bordo do Transiberiano.
A peregrinação pelo mundo, que começou em 20 de março, termina em 22 de junho. Depois disso, o mago vai à Alemanha para assistir à Copa do Mundo.
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