Descoberta enzima inimiga do câncer
A equipe de cientistas de Munique reconstruiu a interação da Cyld com a Bcl-3, e concluiu que é provável que a Cyld funcione como um supressor de tumores não só em ratos, mas também em seres humanos. Há evidências de que, em pessoas, um defeito no gene que codifica a Cyld tem conseqüências negativas. Casos estudados de tumores de pele mostraram pouca ou nenhuma Cyld nas células afetadas. A situação é semelhante em casos de câncer de fígado, rim e útero.
Durante o processo de transcrição genética, no qual as instruções genéticas presentes no interior do núcleo das células são lidas, a Bcl-3 coopera com outros fatores de transcrição, envolvidos em diversos tipos de doença e reação imunológica. Dois representantes desse grupo, p50 e p52, precisam ser ativados antes iniciar a transcrição. Sabe-se que o Bcl-3 pode cooperar com a p50 e a p52 para criar crescimento desordenado e, no final, câncer.
Para que essa cooperação possa ocorrer, porém, a Bcl-3 tem que penetrar no núcleo da célula. A equipe de Munique descobriu que essa entrada só é possível com um "ingresso" molecular, que é bloqueado quando a enzima Cyld está presente.
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