PSDB e PT disputam o apoio do PMDB nos Estados
Na avaliação dos líderes dos partidos, o fortalecimento das campanhas regionais é fundamental para que Alckmin consiga chegar ao segundo turno das eleições contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para isso, o conselho quer apressar as negociações com os candidatos regionais do PMDB para compor alianças nos Estados que ajudem a alavancar a candidatura de Alckmin. Como o presidente Lula também já está conversando com líderes do PMDB, os dois principais candidatos ao Palácio do Planalto passam a travar uma disputa direta pelo espólio do partido. O presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), confirmou que seu partido "apressará" a realização de alianças. Nesta semana, fará outra reunião para saber onde intervirá para tentar convencer petistas a abrir espaços para aliados nacionais e estaduais.
Lula deve se reunir hoje com o presidente do PMDB em São Paulo, o ex-governador Orestes Quércia. Apesar do discurso de que crê em aliança com o PMDB, Lula sabe que a chance real é remota. O encontro com Quércia está mais relacionado a uma eventual aliança em São Paulo e à formação de um novo ministério caso Lula seja reeleito. Para o PT paulista, que lançou a candidatura do ex-líder do governo no Senado Aloizio Mercadante ao Palácio dos Bandeirantes, interessa que Quércia concorra a governador, o que, em tese, aumentaria a chance de segundo turno contra o candidato do PSDB no Estado, José Serra.
Além disso, líderes pefelistas e tucanos também estão de olho no PP e no PTB, para recompor a parceria que levou Fernando Henrique Cardoso ao Planalto em 1994 e facilitou sua reeleição em 1998. ¿Precisamos dar a Alckmin os palanques regionais mais fortes e isso inclui nomes do PMDB¿, disse o líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), ao jornal O Estado de S. Paulo.

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