MPF vai enviar à Câmara dossiês contra deputados
Neste primeiro grupo, estarão os casos mais graves, como o do deputado Nilton Capixaba (PTB-RO), que nos documentos apreendidos pela Polícia Federal tem seu nome associado a dezenas de repasses de dinheiro que, somados, chegam a R$ 437 mil. Capixaba teve um funcionário preso durante a operação.
O acordo fechado entre os presidentes da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, é de que o Ministério Público Federal (MPF) envie à Câmara todos os casos de deputados sujeitos a indiciamento ou denúncia ao Supremo sob a acusação de participação nas fraudes.
Embora vá aguardar a remessa dos casos pelo MPF, a corregedoria da Câmara já tem sua lista de referência. Segundo o deputado Givaldo Carimbão (PSD-AL), o relatório da comissão de sindicância encarregada de investigar o envolvimento de parlamentares nas fraudes ficou pronto na mesma terça-feira em que Rebelo e Renan bateram o martelo na decisão de repassar à procuradoria a incumbência de concluir as investigações e apontar os deputados gravemente envolvidos. O relatório, de autoria do deputado Robson Tuma (PFL-SP), aponta cerca de 40 parlamentares suspeitos, passíveis de investigação e eventual enquadramento na acusação de quebra de decoro, punida com a perda do mandato. Ontem, Tuma repassou ao procurador-geral da República a íntegra do seu relatório, com mais de 1.800 páginas.
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