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Politica Brasil
Sexta - 26 de Maio de 2006 às 06:54
Por: Aline Chagas

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Até o início da noite de ontem, 29 envolvidos na Operação Sanguessuga já haviam sido recapturados pela Polícia Federal. Quase todos os principais nomes do esquema, como os membros da família Vedoin (donos da Planam), a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino e o ex-deputado Carlos Rodrigues (Bispo Rodrigues), estão cumprindo novamente a prisão preventiva.

Ainda há 19 pessoas a serem localizadas pela PF, entre eles o ex-deputado Ronivon Santiago (PP-AC) e os membros da família Medeiros (donos e funcionários da empresa Frontal). Ronivon é acusado de receber propina para apresentar emendas para o esquema.

Segundo informações da Polícia Federal, as pessoas que ainda não se apresentaram ou foram encontradas pelos agentes da PF já são consideradas foragidas.

Uma decisão liminar assinada quarta-feira de manhã pela presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie, suspendeu o acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que determinou o STF como único órgão competente para julgar os envolvidos no esquema de fraude em processo licitatório desbaratado pela Operação Sanguessuga, no dia 4 de maio.

A decisão da ministra Ellen Gracie devolveu a competência de julgamento dos processos dos 54 investigados para a 2ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso.

Dessa forma, voltaram a ter validade os pedidos de prisão preventiva e todos os suspeitos que estavam presos tiveram os mandados de prisão preventiva expedidos novamente. Até o final da noite de quarta-feira, 21 pessoas tinham sido presas ou se apresentado nas superintendências da PF de Mato Grosso e Brasília.

Ulisses Rabaneda, advogado de José Wagner dos Santos, que se entregou ontem à tarde na superintendência da Polícia Federal em Cuiabá, disse que já estava de viagem marcada para Brasília a fim de analisar a decisão da ministra Ellen Gracie e verificar qual é a melhor estratégia de defesa para seu cliente.

Essa é a mesma opinião do advogado de Maria da Penha Lino, Eduardo Mahon, que segue hoje para Brasília. Sobre seu outro cliente, José Thomaz Neto, que ainda está foragido, Mahon afirmou que é preciso localizá-lo para ver qual é o momento mais propício para ele se entregar.

O advogado de Ronildo Medeiros e família, Otto Medeiros, disse que está aguardando a denúncia do Ministério Público Federal para definir a estratégia de defesa dos clientes. Otto Medeiros ainda tem 10 clientes considerados foragidos da Polícia Federal. Segundo ele, os clientes se apresentarão até o início da próxima semana na superintendência da PF. O advogado de Ronivon Santiago, Edmar Junior, que na quarta-feira informou por telefone não ter conhecimento do paradeiro do cliente, também não foi localizado pela reportagem ontem.

Até o final do edição, o Ministério Público Federal não havia encaminhado a denúncia dos processos referentes à Operação Sanguessuga para a Justiça Federal. O procurador da República, Maria Lúcio Avelar, informou na quarta-feira à noite que o MPF estava trabalhando com o um prazo para até o final de semana.





Fonte: Diarío de Cuiabá

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