Funções ambientais do Pantanal devem ser mantidas, afirma conferencista
Segundo ela, as funções ambientais da maior planície alagada do planeta correm risco de sofrer uma modificação em seu ciclo natural com a exploração das hidrovias e a construção de hidrelétricas. “Nossa intenção é deixar bem claro que tipos de bens e serviços o Pantanal Mato-grossense pode oferecer para suprir as necessidades humanas e, ao mesmo tempo, mostrar que a preocupação maior deve ser com a manutenção do nível das águas, procurando não permitir que haja grande intervenção no ciclo normal das cheias e baixios das águas pantaneiras”, explica a conferencista.
A professora afirma que as funções ambientais estão sendo ameaçadas ante a possibilidade de mudanças bruscas e reafirma que a água é a questão fundamental para manutenção do ciclo de vida do Pantanal. “O maior desafio dos governos e da própria população é encontrar um meio de manter as funções naturais dos rios e seus afluentes para a preservação da dinâmica das águas, para isso, é necessário um planejamento ambiental que respeite as características regionais de cada um dos afluentes do Pantanal”.
Carolina Joana da Silva entende que o Decreto que cria o Programa de Gestão do Pantanal e o Prêmio de Produção Científica “Gente Pantaneira” como forma de defender o ecossistema, assinado ontem pelo governador Blairo Maggi e pelo secretário de Estado do Meio Ambiente, Marcos Machado na solenidade de abertura do FOREST 2006, pode manter essas funções necessárias para o Pantanal.
“A política, se bem implementada, é uma garantia de manutenção do ecossistema em sua originalidade, porém, não basta apenas o Estado tomar essa iniciativa, a população tem de participar ativamente desse processo”, afirma a doutora.
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