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Simon diz achar difícil PMDB manter candidatura própria
No mesmo dia em que o ex-presidente Itamar Franco (PMDB-MG) anunciou em Belo Horizonte que desistiu da sua pré-candidatura à Presidência da República, a 1.712 km dali, em Porto Alegre, seu colega de partido, o senador gaúcho Pedro Simon, anunciou: "Se ninguém quer, eu vou".
Mas Simon já adiantou que acha muito difícil o PMDB manter candidatura própria e apontou os caciques do partido --referindo-se aos senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL)-- como responsáveis pela falta de candidato.
"O comando do partido não deixa", disse Simon, referindo-se à possibilidade de candidatura própria. Ele lamentou a "realidade" de que "a decisão está nas mãos dos caciques".
Para o senador, o partido deve se apresentar como uma alternativa aos dois partidos que governaram o país nos últimos 12 anos: o PT e o PSDB. "O PT e o PSDB vão passar a campanha falando mal um do outro, mas sem apresentar propostas."
Ao defender a candidatura própria, Simon fez uma referência aos incidentes violentos promovidos pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) nos últimos dias em São Paulo.
"Temos uma máfia organizada como nos Estados Unidos e na Itália, pela continuidade da ação e quantidade de gente envolvida. O PMDB precisar ter um candidato para colocar em prática a operação mãos limpas", disse ele.
Simon afirmou que vai tentar convencer o partido a não adiar a convenção de 11 para 29 de junho, véspera da data-limite para a definição das candidaturas.
A estratégia dos governistas é levar a convenção para o prazo final, quando as coligações estaduais já estariam fechadas, enterrando de vez a proposta de candidatura própria a presidente. Simon pretende se encontrar com Sarney e Renan.
Itamar
Em Minas, seu colega de partido, o ex-presidente Itamar Franco, formalizou sua desistência após encontrar-se com com parte das bancadas estadual e federal do PMDB mineiro. Imediatamente, ele se inscreveu para disputar a indicação da sigla em Minas para concorrer ao Senado.
Ele não quis comentar sobre a articulação atual para que Pedro Simon seja agora o pré-candidato a presidente, mas sinalizou que, se isso acontecer, ele apoiará a candidatura peemedebista.
"Se o PMDB tiver uma candidatura nacional estarei firmado nessa candidatura", disse ele --que alegou não querer falar por hipótese sobre a pré-candidatura Simon pelo fato de o senador gaúcho não ter ainda conversado com ele. Disse ter recebido informações de que Simon aguardava a desistência dele para, então, procurá-lo.
Na nota que leu, Itamar disse ter oferecido seu nome pela causa da candidatura própria e manifestou seu inconformismo com a falta de candidaturas alternativas. "Recuso-me a ver o Brasil sobre prisma tão indigente, de não poder oferecer ao eleitor mais candidaturas."
Presente ao anúncio de Itamar, a quem apóia para o Senado, o ministro Hélio Costa (Comunicações) é contra a pré-candidatura de Simon. "Não comungo com a idéia, e acho que é meio shakesperiana, porque é sonho de uma noite de verão, ou de inverno. Não tem futuro, o PMDB já decidiu", disse Costa, que apóia a reeleição de Lula.
Mas Simon já adiantou que acha muito difícil o PMDB manter candidatura própria e apontou os caciques do partido --referindo-se aos senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL)-- como responsáveis pela falta de candidato.
"O comando do partido não deixa", disse Simon, referindo-se à possibilidade de candidatura própria. Ele lamentou a "realidade" de que "a decisão está nas mãos dos caciques".
Para o senador, o partido deve se apresentar como uma alternativa aos dois partidos que governaram o país nos últimos 12 anos: o PT e o PSDB. "O PT e o PSDB vão passar a campanha falando mal um do outro, mas sem apresentar propostas."
Ao defender a candidatura própria, Simon fez uma referência aos incidentes violentos promovidos pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) nos últimos dias em São Paulo.
"Temos uma máfia organizada como nos Estados Unidos e na Itália, pela continuidade da ação e quantidade de gente envolvida. O PMDB precisar ter um candidato para colocar em prática a operação mãos limpas", disse ele.
Simon afirmou que vai tentar convencer o partido a não adiar a convenção de 11 para 29 de junho, véspera da data-limite para a definição das candidaturas.
A estratégia dos governistas é levar a convenção para o prazo final, quando as coligações estaduais já estariam fechadas, enterrando de vez a proposta de candidatura própria a presidente. Simon pretende se encontrar com Sarney e Renan.
Itamar
Em Minas, seu colega de partido, o ex-presidente Itamar Franco, formalizou sua desistência após encontrar-se com com parte das bancadas estadual e federal do PMDB mineiro. Imediatamente, ele se inscreveu para disputar a indicação da sigla em Minas para concorrer ao Senado.
Ele não quis comentar sobre a articulação atual para que Pedro Simon seja agora o pré-candidato a presidente, mas sinalizou que, se isso acontecer, ele apoiará a candidatura peemedebista.
"Se o PMDB tiver uma candidatura nacional estarei firmado nessa candidatura", disse ele --que alegou não querer falar por hipótese sobre a pré-candidatura Simon pelo fato de o senador gaúcho não ter ainda conversado com ele. Disse ter recebido informações de que Simon aguardava a desistência dele para, então, procurá-lo.
Na nota que leu, Itamar disse ter oferecido seu nome pela causa da candidatura própria e manifestou seu inconformismo com a falta de candidaturas alternativas. "Recuso-me a ver o Brasil sobre prisma tão indigente, de não poder oferecer ao eleitor mais candidaturas."
Presente ao anúncio de Itamar, a quem apóia para o Senado, o ministro Hélio Costa (Comunicações) é contra a pré-candidatura de Simon. "Não comungo com a idéia, e acho que é meio shakesperiana, porque é sonho de uma noite de verão, ou de inverno. Não tem futuro, o PMDB já decidiu", disse Costa, que apóia a reeleição de Lula.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/299325/visualizar/
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