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Meio Ambiente
Segunda - 22 de Maio de 2006 às 13:26
Por: CIRLENE LOPES

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Resultado de oito anos de pesquisa, o livro “Peixes do rio das Mortes – identificação e ecologia das espécies mais comuns”, financiado pelo Fundo de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat) e editado pelas editoras Unemat/Entrelinhas, está sendo vendido para instituições de diversos Estados.

"Já vendemos para universidades de São Paulo, Minas Gerais e a última encomenda foi de 20 exemplares para o Rio Grande do Sul", afirmou César Henrique de Melo, um dos pesquisadores/autores.

Comandada pelo coordenador do Laboratório de Ictiologia da Unemat, César Henrique de Melo, a pesquisa feita por Jane Dilvana Lima, Tatiana Lima de Melo e Vangil Pinto da Silva (pesquisador da UFMT que morreu afogado em 2004 depois de sofrer um ataque de abelhas durante pesquisa no Pantanal), se transformou em uma obra científica com uma linguagem acessível.

“O objetivo foi colaborar com a comunidade científica, mas que também fosse um instrumento que o estudante, o pescador, o turista, pudesse levar para a beira do rio e saber que espécie pegou, por exemplo,” explicou o autor.

Ele mostra que até o formato do primeiro livro sobre peixes de Mato Grosso, feito em Mato Grosso e por pesquisadores do Estado, foi pensado com este intuito, ser fácil de manusear. Todas as 51 espécies estudadas foram fotografadas no momento em que foram capturadas, proporcionando uma qualidade de imagem que permite a comparação dos peixes pescados com os apresentados pela obra.

O livro possibilita a identificação das espécies mais comuns e o conhecimento de fatores ecológicos responsáveis pela manutenção da diversidade de peixes no rio das Mortes. Foram abordados aspectos como alimentação, tipos de habitat, preferência e período de reprodução.

A obra tem uma parte sistemática que traz o nome científico e popular. O pesquisador explica que alguns peixes são conhecidos dentro de Mato Grosso com nomes populares diferentes dependendo da região.

Um exemplo é o bico de pato, chamado assim no rio das Mortes que é o mesmo jurupensen da região do Pantanal ou também o caso do abotoado no rio das Mortes que é o mesmo armal no Pantanal.

“Muitos pescadores desta região começaram a chamar o bico de pato de jurupensen por achar que era o nome correto. Mas os dois estão certos é um termo regional, o nome científico é surubin lima”, afirmou César Henrique.

De acordo com o coordenador, a pesquisa foi organizada de forma filogenética. Significa que as espécies foram divulgadas das mais primitivas como a ‘arraia’, que existe há mais de 300 milhões de anos para as mais recentes como o Tucunaré. “Ele mostra a evolução dos peixes e chama atenção para àqueles que estão em extinção”, finalizou o pesquisador.

Mais informações pelo telefone: (066) 3438-1224 ou pelo celular: (066) 9988-5317 com César Henrique de Melo, Unemat de Nova Xavantina




Fonte: Secom-MT

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