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Meio Ambiente
Sábado - 20 de Maio de 2006 às 11:23

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MADRI - Pesquisadores espanhóis disseram ter resolvido um mistério centenário envolvendo o local onde estaria enterrado o explorador Cristóvão Colombo. Tanto a Espanha quanto a República Dominicana alegam que o navegante está enterrado em seus respectivos territórios. A conclusão dos pesquisadores espanhóis: a Espanha tem os ossos certos.

Uma equipe liderada pelo geneticista espanhol Jose Antonio Lorente comparou o DNA de fragmentos dos ossos que a Espanha alega serem de Colombo - enterrados em uma catedral em Sevilha - com o DNA dos restos mortais do irmão de Colombo, Diego, que também estão enterrados na cidade ao sul da Espanha.

"Há uma combinação perfeita entre o DNA do irmão de Colombo e o de Cristóvão Colombo", disse Marcial Castro, historiador, professor e idealizador do projeto de pesquisa dos códigos genéticos, que começou em 2002.

Castro e seus colegas têm tentado em vão convencer a República Dominicana a abrir um farol na capital Santo Domingo, onde estariam os restos mortais do navegante.

Andy Mieses, o diretor do Farol Colombo - um prédio em forma de cruz - rebateu as alegações dos pesquisadores espanhóis e insistiu que Colombo está, de fato, enterrado na República Dominicana. O objetivo de abrir o túmulo no farol era comparar os ossos ali depositados com os ossos do irmão de Colombo, para determinar qual dos países enterrou o homem que chegou ao Novo Mundo em 1492, na ilha de Hispaniola - hoje República Dominicana e Haiti.

Castro afirmou em entrevista que, apesar de sua equipe estar convencida de que os ossos em Sevilha são de Colombo, isso não significa que os ossos no farol de Santo Domingo não sejam do navegante. O corpo de Colombo foi movido diversas vezes depois de sua morte e o túmulo na República Dominicana pode conter parte dos ossos certos.

Castro disse que, à luz das evidências genéticas encontradas na Espanha, o objetivo de abrir o túmulo em São Domingo seria o de determinar quem, senão Colombo, foi enterrado ali. "Agora, estudar os restos mortais na República Dominicana é mais necessário e excitante do que nunca", disse.

Mieses disse que não vai permitir que os ossos sejam analisados. "Nós, cristãos, acreditamos que não se deve perturbar os mortos."

O caminho de Colombo Colombo morreu e foi enterrado em Valladolid, em 20 de maio de 1506. Ele havia pedido para ser enterrado no Novo Mundo, mas não existiam igrejas importantes o suficiente para isso.

Três anos depois, os restos mortais do explorador foram levados para um monastério em La Cartuja, perto de Sevilha. Em 1537, Maria de Rojas y Toledo, viúva de um dos filhos de Colombo, enviou os ossos do marido e do pai dele para uma catedral em Santo Domingo. Ali os ossos ficaram até 1795, quando a Espanha cedeu Hispaniola à França e decidiu que os ossos de Colombo não deviam ficar nas mãos de estrangeiros. Os espanhóis enviaram, então, os ossos que acreditavam serem de Colombo para Havana, Cuba, e de volta a Sevilha, em 1898.

No entanto, em 1877, trabalhadores que escavavam uma catedral em Santo Domingo encontraram uma urna contendo ossos e a seguinte inscrição: "Ilustre e distinto homem, Cristobal Cólon." Esta é a maneira espanhola de dizer Cristóvão Colombo. Os dominicanos dizem que estes são os ossos verdadeiros, e que os espanhóis levaram o corpo errado em 1795.





Fonte: AP

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