CPI da Sanguessuga deverá ser a 16ª

Se a CPI da Operação Sanguessuga for instalada de fato, ela será a 16ª desta legislatura do Congresso Nacional. Ainda em funcionamento, entretanto, há apenas duas - a dos Bingos, no Senado, e a do Tráfico de Armas, na Câmara. No Senado, discute-se pela convocação ou não de Daniel Dantas, dono do Opportunity, que teria colaborado para a existência do valerioduto.

A CPI do Tráfico de Armas foi agitada nesta semana pelo depoimento do operador de áudio Arthur Vinicius Pilastre Silva, que, por R$ 200, divulgou informações sigilosas aos advogados de criminosos ligados ao PCC.

Na quarta ele compareceu no Congresso e disse que não tinha como prever que sua atitude pudesse acarretar a onda de violência que assusta São Paulo nos últimos dias. Entre as comissões mistas, com membros da Câmara e do Senado, a dos Correios e a do Mensalão se destacaram pela forma como ajudaram a tornar públicos alguns casos de corrupção que tiveram parlamentares como protagonistas. A CPI dos Correios teve seu relatório final aprovado em abril e culminou no pedido de indiciamento de 40 pessoas ligadas ao escândalo do mensalão. A decepção ficou por conta dos deputados envolvidos no esquema que foram absolvidos. Mesmo com o Conselho de Ética sugerindo a cassação, dez parlamentares escaparam: Sandro Mabel (PL-GO), João Paulo (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT), Josias Gomes (PT-BA), José Mentor (PT-SP), Wanderval Santos (PL-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Professor Luizinho (PT-SP), João Magno (PT-MG) e Josias Gomes (PT-BA).