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Politica Brasil
Sexta - 19 de Maio de 2006 às 07:25

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A senadora petista Serys Slhessarenko respondeu ontem à acusação de que faria parte da lista de parlamentares citados no esquema de fraudes na venda de ambulâncias a prefeituras dizendo que desconhece a empresa e as pessoas relacionadas com as irregularidades. Disse também que nunca autorizou nenhuma negociação por parte de seus assessores ou qualquer funcionário seu com a empresa Planam e que tudo que sabe sobre o caso é através do que foi publicado pela imprensa nacional. O Corregedor do Senado Romeu Tuma (PFL-SP) informou ontem que a Corregedoria vai investigar a participação da senadora no episódio.

“As informações que tenho são aquelas ‘vazadas’ pela imprensa nacional. Eu não apareço no livro-caixa da Planam. Meu nome aparece numa lista chamada “Projetos de Interesses da Empresa”. Nessa lista, qualquer um dos senhores que abrir o site do orçamento, vai encontrar todos os parlamentares que têm emenda na área de Saúde. Agora, se pegaram emendas minhas lá e foram conversar sei lá com quem, eu não sei, eu desconheço absolutamente. Nunca passou por mim ninguém dessa firma criminosa, nenhum desses bandidos”, disse Serys.

Além da defesa, a senadora também anunciou a decisão de ter colocado seus sigilos fiscal, bancário e telefônico à disposição da Polícia Federal para serem investigados. “Não sou como uns e outros políticos mato-grossenses, como está nos jornais de hoje, que atuaram junto ao Tribunal Superior Eleitoral com recurso para que não tivessem seus sigilos fiscal e bancário quebrados. Ninguém pediu a quebra do meu sigilo, mas eu autorizo a Polícia Federal a fazê-lo, e desde que eu nasci”, afirmou.

Serys contou que, por força da legislação, duas emendas suas foram aprovadas em 2004 para a Saúde, uma para a construção de uma posto de saúde no município de Campo Novo dos Parecis, no valor de R$ 80 mil, e a outra para a compra de unidade móvel para a prefeitura de Cana Brava do Norte, de R$ 104 mil.

“Todos nós, parlamentares, somos obrigados por lei a colocar 30% do valor das nossas emendas para Saúde, seja para posto de saúde, ambulância, e é óbvio que eu coloquei. A informação que tive é que a de Campo Novo dos Parecis ainda não foi licitada, porque o prefeito quer ver se consegue mais recursos pra fazer um posto maior. Em relação à outra, até onde fui informada, eles pediram uma reformulação do projeto para comprar uma ambulância e um carro pequeno para a Secretaria de Saúde da cidade. E compraram”, detalhou, mostrando a nota fiscal da compra dos veículos com as respectivas empresas onde foram adquiridos pela prefeitura.

A senadora atribuiu as matérias veiculadas na imprensa local ao interesse ‘eleitoreiro’ por parte de seus possíveis adversários na disputa pelo governo estadual em outubro, já que se declarou pré-candidata.





Fonte: Diário de Cuiabá

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